O Sindicato dos Empregados no Comercio de Ijuí realizou na noite desta sexta-feira a sua assembleia geral ordinária, tendo como pauta o dissídio da categoria. As negociações no município não avançam, em especial com relação ao piso salarial. O Sindicato quer um piso de R$ 670,00 e a reposição da inflação mais um aumento real de no mínimo 2% para quem ganha acima do piso.
Rosane Simon, presidenta do Sindicato explica que o embate com o SINDILOJAS tem um caráter muito mais político do que econômico, no sentido de que a FECOMERCIO/RS, federação dos sindicatos patronais no estado elegeu como bandeira acabar com o piso regional, que é um parâmetro para os demais salários e que foi reajustado em 11,6% neste ano. “Ao não aceitarem um percentual de reposição para a nossa categoria próxima ao piso, a intenção, para além da ação judicial que movem contra o piso regional, e utilizar as nossas negociações para acabar com o piso regional. A valorização do piso regional do estado é muito importante para toda a classe trabalhadora e nós não podemos permitir isso”.
Assembleia define por nova mobilização por reposição salarial |
Com a COTRIJUI as negociações estão avançadas, embora ainda não há uma sinalização clara de acordo. A proposta do Sindicato é de que o piso suba de R$ 625,00 para R$ 680,00, e um reajuste para os demais salários de 8,5%. “Tivemos uma safra boa, o comércio em geral teve um crescimento no período de 10,7% e a COTRIJUI vive um bom momento. 2% de aumento real para os trabalhadores é a nossa proposta limite em meio a este clima de otimismo”, diz Rosane Simon. Há esperança de que o acordo seja fechado ainda esta semana.
Com relação aos demais trabalhadores do comércio em Ijuí, a palavra de ordem é mobilização. Devido a falta de interesse da classe patronal, o Sindicato pretende buscar a intermediação do Ministério Público do Trabalho e não está descartada a hipótese de que o dissídio da categoria vá a julgamento. “Esta é a nossa realidade. O crescimento no setor foi de 10,7% (mais a inflação) e foi construído também no balcão, no caixa, no atendimento qualificado e personalizado dos comerciários. Será que este trabalhador não merece sequer 2% de aumento real em seus salários?”, questiona Rosane Simon.
A assembleia decidiu por uma nova mobilização da categoria em breve. O Sindicato pede para que os trabalhadores conversem com os patrões sobre esta questão, para que estes pressionem o seu sindicato. “O impasse não é bom para ninguém. Nossa situação não é inventada e os índices comprovam que a nossa proposta é justa. Por isso agora é hora de uma pressão maior dos trabalhadores e de mobilização”, conclamou Rosane.
Uma nova caminhada pelas ruas do centro será organizada pelo Sindicato em breve e uma data será definida ainda esta semana.
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