Guiomar Vidor |
A virada democrática veio em 1984 com a chegada de José Carlos Schulte à presidência. A FECOSUL passou a ter um papel destacado e fundamental nas conquistas dos comerciários e dos demais trabalhadores.
Nos anos 80, a FECOSUL participou ativamente das lutas políticas e sindicais no estado e no país. Nesta década aconteceram muitas greves, a campanha pelas diretas já, a Assembléia Constituinte, paralisações e também foram alcançadas as maiores conquistas da categoria.
Nos anos 90, a FECOSUL foi uma trincheira de luta contra os ataques da política neoliberal que ameaçava os direitos dos trabalhadores e propunha enterrar a era Vargas. Ainda, se posicionou radicalmente contra a Medida Provisória do governo FHC, que liberou o trabalho aos domingos no comércio em geral.
No novo século, a Direção da FECOSUL empenhou-se determinantemente na construção da unidade dos comerciários gaúchos na luta por seus direitos e organizando as campanhas salariais unificadas. Merecido destaque teve a luta em defesa da liberdade e autonomia sindicais, preservando sempre o principio da unicidade sindical, como fator de união dos trabalhadores na luta por seus direitos. A FECOSUL foi uma das entidades que mais lutou pela criação e valorização do salário mínimo regional. No último período a FECOSUL tem estado ao lado do movimento social e sindical por um novo Rio Grande e um novo Brasil. Somos dos que pensam que o Brasil não pode parar, precisamos dar continuidade ao ciclo virtuoso iniciado por Lula e Dilma, construindo uma maioria política que tenha compromissos com as reformas estruturais que libertem o Brasil das amarras do atraso.
Este novo ciclo, impulsionado pelas manifestações populares, precisa garantir uma reforma política democrática, com o fim do financiamento privado de campanha, uma reforma econômica que rompa com o ciclo de altos juros, câmbio flutuante e superávit primário, democratização dos meios de comunicação, para que estes sirvam aos interesses públicos e não aos interesses privados, reforma urbana e agrária.
A FECOSUL chegou aos 75 anos, com uma história de lutas e conquistas, e certamente continuará ao lado daqueles que defendem um sindicalismo classista, democrático e de luta, tendo como meta a construção de um projeto nacional de desenvolvimento com democracia, soberania e valorização do trabalho, que contemple bandeiras como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário,a valorização dos aposentados o descanso aos domingos e feriados para que os comerciários e comerciárias tenham o direito a qualificação, a educação, ao esporte e lazer, ao convívio com amigos e familiares.
Nós temos a convicção de que o futuro pertence àqueles que acreditam nos seus sonhos e lutam para transformá-los em realidade.
Viva os 75 anos da FECOSUL
Boa luta pra todos nós.
Guiomar Vidor-Presidente da FECOSUL
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