quarta-feira, 26 de junho de 2013

Acordo entre comerciários e Sindilojas tem mais um ano difícil de negociações

Após mais uma reunião realizada na manhã desta quarta-feira (26) entre diretores do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí e diretores do Sindilojas, ainda não foi possível acordo entre as partes referentes ao dissídio da categoria para o ano de 2013.

Esta foi a terceira reunião realizada. Os diretores do Sindicato dos Comerciários representados pela presidenta Rosane Simon, por Débora Maas e Marcos Prestes levaram aos diretores do Sindilojas a pauta da Fecomercio. A proposta dos trabalhadores foi de um piso geral de R$ 850,00 e 9% de aumento para os demais salários. A inflação no período foi de 5,89%. “Encaminhamos também a proposta de um piso diferenciado para a função de vendedor, de R$ 900,00, segundo as orientações da Fecosul”, explicou Débora Maas.

A direção do Sindilojas irá avaliar a proposta. Rosane Simon disse que as negociações seguem difíceis, como foram em todos os últimos anos mas que está otimista com um bom resultado nestas negociações já que todos os indicadores mostram que o comércio cresceu e promete um bom desempenho durante o ano.

“Além do desempenho positivo do comércio, está cada vez mais evidente para os patrões a necessidade de valorização do trabalho dos comerciários pela concorrência com outros setores da economia que, por terem uma jornada menor em que não se trabalha aos sábados e domingos, ainda pagam salários um pouco melhores”. Segundo a Vereadora e Presidenta da Sindicato, estas condições aliadas a boa oferta de vagas em todos os setores estão fazendo com que o trabalhador do comércio migre para a indústria por exemplo, o que tem causado reflexos negativos na oferta de profissionais para o comércio. “Está cada vez mais difícil achar trabalhadores dispostos a enfrentar a jornada de trabalho no comércio, com salários iguais e muitas vezes menores do que em outros setores. Só há um caminho para reverter isso que é a valorização do trabalhador do comércio”, concluiu Rosane Simon.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Rosane Simon destaca protagonismo dos trabalhadores frente à crise da Cotrijui

A convite do Vereador Cesar Busnello a direção da Cotrijui, representada pelo presidente Vanderlei Fragoso, seu vice Paulo Schossler, diretor secretário Ivan André Schowantz, o assessor jurídico João Geller Neto e o gerente da unidade Ijuí Alceu Van Der Sand,  foi a Sessão Legislativa desta segunda-feira, falar sobre a situação da empresa. A direção retomou convite feito anteriormente pelo legislativo em cuja data não puderam estar presentes.

Vanderlei Fragoso, que falou em nome da direção, saudou os presentes e iniciou relatando a sua trajetória. Falando de sua eleição como presidente da Cooperativa saudou os associados referindo-se a este grupo como um rebanho “que talvez precise de um pastor para guia-los”. Fragoso disse que não espera tornar-se presidente mas que hoje assume essa função com a intenção de melhores dias para produtores, associados e para os trabalhadores. “Devemos buscar a unidade. Não há primeira via, segunda via ou via da contramão. Temos que construir a união”, disse.

Falando sobre a estratégia da atual direção, que ele chama de “recuperação branca”, Fragoso explicou que ela consiste na aposta do recredenciamento da cooperativa na CONAB para que a empresa possa alugar os armazéns ao governo. “Este projeto só não foi concluído por causa das trapalhadas que ocorreram nos últimos 40 dias, trapalhadas que criaram contra nós”. A referencia é ao processo de convocação de uma assembleia pela Terceira Via, grupo que contesta a atual direção e busca uma nova eleição.

“Estabelecemos um choque para tentar reiniciar e tivemos coragem de fazer isso. A turbulência maior acho que já passou. Agora chegou a hora de podermos trabalhar e que cada um faça a sua avaliação e se some”, concluiu.

Rosane Simon lembrou o protagonismo dos comerciários neste debate
A Vereadora e Presidenta do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí Rosane Simon, realizou a sua intervenção saudando o presidente e a direção da empresa por trazerem o seu posicionamento à comunidade e aos vereadores dizendo que esta posição foi muito aguardada por todos. “Como líder dos trabalhadores no comércio, categoria que compõe uma grande parcela dos funcionários da cooperativa, acompanhei desde o inicio a situação da empresa sem nenhum envolvimento e nenhum posicionamento para esta ou aquela chapa. Nossa posição foi de acompanharmos os movimentos políticos da cooperativa buscando fazer a interlocução, desde o primeiro momento, nas questões que afetam a vida dos trabalhadores, como as demissões e os atrasos de salários”, disse.

Rosane lembrou que a direção do Sindicato dos Comerciários, do qual é a Presidenta, acompanhou todas as movimentações e posições inclusive relativas ao desgaste por conta de algumas medidas da direção anterior e a situação de instabilidade herdadas pelo atual direção. “Colocamos desde a nossa primeira reunião com esta direção o comprometimento dos trabalhadores como companheiros na luta pela recuperação da cooperativa porque os trabalhadores tem muito orgulho de vestir a camisa da empresa”.

“Temos também orgulho de dizer que foi a mobilização do nosso Sindicato que abriu para a sociedade uma das mais graves crises que a Cotrijui estava vivendo. E o sindicato é isso. Somos pressionados pela nossa base e temos que dar respostas e por isso fizemos uma grande manifestação, mobilizando os trabalhadores, os associados, produtores rurais e lideranças para mostrar à sociedade que os trabalhadores também estavam em uma situação difícil, na ideia de buscar aliados para ajudar na na superação desta crise”.

Rosane relembrou especialmente o protagonismo do Sindicato quando após a mobilização, reuniram-se com o assessor especial do Governador Tarso Genro buscando apoio e que viu no governo um aliado pela recuperação da cooperativa e na defesa dos trabalhadores e associados. A Presidenta garantiu à atual direção que o mandato e o Sindicato estão a disposição para ajudar nas negociações junto ao governo do estado no que mais for possível.

“Quero deixar aqui uma crítica positiva. Percebi desta direção uma perda de foco no inicio da gestão quando dava muita atenção para o passado. Naquele momento a sociedade pensava que o foco deveria estar em resolver problemas importantes e urgentes como a segurança e a regularização da empresa para o recebimento de uma das maiores safras, questão que preocupava os associados”, disse Rosane. Ela complementou dizendo que no início de sua gestão, a atual direção não produziu ações no sentido de resolver estas questões e salientou que talvez por isso tenha surgido o movimento da Terceira Via. “Não podemos ver este movimento como ilegítimo já que está ancorado nos estatutos e também representa associados interessados em superar esta situação”, explicou.

A Presidenta do Sindicato dos Comerciários fez referência as inúmeras rescisões feitas no Sindicato em cargos estratégicos na empresa, de pessoas que tinham um conhecimento de 30, 35 anos de trabalho e que possuíam conhecimentos fundamentais em varias áreas da cooperativa seja no mercado ou nas áreas comercial e financeira e questionou o presidente Fragoso sobre isso. “Percebo uma forte postura sua em dizer que quer trabalhar junto com a comunidade e também com os trabalhadores, mas gostaria de entender esta lógica de demissões de pessoas que traziam resultado e estavam comprometidos com a cooperativa?” concluiu a Vereadora.

Voltando à tribuna para responder aos questionamentos dos vereadores, o Presidente limitou-se a retomar acusações feitas à Terceira Via e à direção anterior, talvez até pela questão do tempo, já que havia falado por quase uma hora em sua primeira intervenção.

Respondendo a uma questão sobre o passivo e o ativo da cooperativa, disse que “com o passivo a cada dia a gente se surpreende” e fez novamente diversas acusações de supostas dívidas e encargos deixadas pela antiga direção. Respondendo sobre o seu projeto para a recuperação da empresa, voltou a colocar o recredenciamento dos armazéns da Cotrijui na CONAB como o que fará o diferencial no futuro da empresa. “A resposta que podemos dar é um processo demorado e gradual de solução. Nossa direção tem a convicção de que o tempo é que será o senhor da resposta”, concluiu.