segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Fecosul e Sindicado dos Comerciários reuniram-se com a direção da Cotrijui no último sábado

Da esquerda: Gilmar Fragoso, Paulo Dari Schossler,
Rosane Simon e Guiomar Vidor
“Estamos com muita disposição a nível institucional, para realizar as articulações necessárias e ajudar a Cotrijui a superar este momento difícil. Ao mesmo tempo, queremos conhecer a atual realidade da empresa e dentro desta realidade, garantir os direitos dos trabalhadores da Cooperativa, preservando seus empregos e salários”. Esta foi a mensagem passada à diretoria da Cotrijui pelo presidente da FECOSUL (Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços/RS), Guiomar Vidor, em reunião no sábado (23) da diretoria do Sindicato dos Empregados do Comércio de Ijuí.

A convite da diretoria do Sindicato, estiveram presentes o Vice-presidente da Cotrijui Paulo Dari Schossler e o Diretor Superintendente da Cooperativa Gilmar Fragoso. Representando os Comerciários, a vereadora, vice-presidenta da FECOSUL e presidenta do Sindicato Rosane Simon e demais diretores, além de Paulo Roberto Pacheco da Silva, diretor da FECOSUL.

Gilmar Fragoso expôs brevemente a situação da Cotrijui e explicou que a atual diretoria está tomando conhecimento do conjunto das questões que terá de enfrentar, mas garantiu que a prioridade da empresa são os trabalhadores. “Temos um passivo enorme, mas plenamente recuperável. Estamos buscando ainda para este mês recursos que nos darão a tranquilidade necessária para podermos trabalhar”, explicou.

Segundo relato de diversos diretores do Sindicato, os trabalhadores estão apoiando a empresa e empenhados em realizar o melhor possível, mas muito preocupados com a questão do atraso de salários. O pedido é de que haja ao menos uma previsão para saldar esta questão.

A direção da Cotrijui solicitou apoio da Federação para as articulações que estão em curso na busca de recursos para a empresa. Vidor deixou claro que a FECOSUL e a CTB/RS darão todo o apoio institucional que estiver ao seu alcance.

A presidenta do Sindicato Rosane Simon também garantiu todo o apoio institucional a empresa e pediu para que o diálogo entre a Cotrijui e o Sindicato sejam ampliados. “Esse momento difícil tem um viés econômico e também político na medida em que a empresa é muito importante para a região. Quase metade dos nossos associados trabalha na empresa e milhares de famílias dependem destes empregos. Então vamos trabalhar com muita responsabilidade, ajudando a empresa no que for possível, mas também buscando garantir os direitos dos trabalhadores”.

“Temos consciência de que a situação é difícil. Sabemos também a importância da Cooperativa, não só pela questão social, que se refere aos empregos, mas também pelo vínculo forte e significativo que a Cotrijui tem para com o desenvolvimento da cidade e desta região do estado. Porém temos que dar uma resposta aos associados e por isso estamos buscando o entendimento”, disse Guiomar Vidor.

O Sindicato encaminhará nesta segunda-feira ofício para a Cooperativa solicitando que o mais breve possível para que os salários sejam pagos. Caso não haja uma resposta positiva, a entidade deve convocar uma assembleia para avaliar a situação e encaminhar outras ações sobre a questão.

Representantes da Cotrijui com diretoria do Sindicato
Lançamento da campanha salarial da categoria será em março
Antes da reunião com a direção da Cotrijui, Guiomar Vidor conversou com a direção do Sindicato e convocou os diretores para um ano muito intenso de mobilização da classe trabalhadora. Segundo o presidente da FECOSUL e da CTB/RS, apesar da crise capitalista nos países do centro econômico mundial, o Brasil está numa situação melhor e por isso existe espaço para ampliar os direitos dos trabalhadores. “Existe uma série de projetos tramitando no Congresso Nacional que são do nosso interesse e precisamos de muita mobilização para desatar alguns nós e superar estas barreiras que emperram o nosso avanço”.


Dentre estas mobilizações esta a 7ª Marcha das Centrais e dos Movimentos Sociais que acontecerá no dia 6 de março em Brasília. A presidenta Dilma irá receber os representantes da marcha e receber a pauta de revindicações do movimento. Guiomar lembrou também que em março será lançada a campanha salarial da categoria com uma intensa agenda de atividades. Além de uma grande mobilização na capital, haverá mobilizações em pelo menos uma cidade de cada uma das regionais da Federação.

“Faremos uma campanha unificada que não será só pela valorização dos salários, mas também pela valorização do trabalho do comerciário que ao vender, está também impulsionando outros setores da economia”, explica o dirigente. O setor do comercio, apesar da crise, cresceu 6,5% acima da inflação, o que demonstra que o setor está aquecido.

“Precisamos de mobilização dos nossos diretores junto aos trabalhadores e também a mobilização e solidariedade de outras categorias para conseguirmos realizar uma grande mobilização e alcançarmos bom resultado nesta campanha”, finalizou Guiomar Vidor.

Senado aprova regulamentação dos comerciários. Texto não agrada Sindicatos

O Plenário do Senado aprovou na quarta-feira (20), o texto final do projeto de lei que regulamenta a profissão de comerciário. A matéria segue agora para sanção presidencial. A proposta (PLS 115/07), de Paulo Paim (PT-RS), já havia sido aprovada no Senado, mas voltou ao exame dos senadores por ter recebido três emendas na tramitação na Câmara. Segundo a vereadora e presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, Rosane Simon, a proposta não contempla totalmente os anseios da categoria.

O relator, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), rejeitou por exemplo a emenda número 1, por não trazer qualquer contribuição ao aperfeiçoamento do projeto, disse o relator. Esta emenda, “estabelecia regras para o trabalho do comerciário aos domingos e feriados” e, segundo ele, já estaria prevista nas leis 10.101/2000 e 11.603/2007.

Rosane Simon esclarece que a regulamentação do trabalho dos comerciários aos domingos e feriados é uma das principais pautas da categoria e que a legislação citada pelo senador é confusa, o que tem causado diferentes interpretações sobre esta questão. “Os senadores Paim e João Alberto perderam a oportunidade de regulamentar definitivamente esta questão, excluindo a matéria do texto final”, explica.

O texto originalmente aprovado no Senado determina que a atividade desempenhada pelos empregados do comércio venha especificada na carteira de trabalho, obrigando o empregador a anotar na CTPS a atividade ou função desempenhada pelo empregado, a qual deverá ser especificada. A jornada de trabalho dos comerciários será de oito horas diárias e de 44 semanais, que somente poderá ser alterada mediante negociação coletiva, no entanto, admite jornadas menores, de seis horas, para o trabalho realizado em turnos de revezamento. Prevê também que o mesmo empregado não seja utilizado em mais de um turno de trabalho e institui oficialmente o dia 30 de outubro como dia do comerciário.

Contribuição patronal e sindical
A proposta estabelece à todas as empresas contribuir para as entidades sindicais, independentemente de filiação, porte ou número de empregados, assim como todos os comerciários, associados ou não, a pagar a contribuição (o texto original falava em taxa, troquei) sindical.

Nesse sentido o plenário também acabou com a emenda 3. No caso do trabalhador, a contribuição sindical será fixada em assembleia geral da entidade representativa da categoria profissional, não podendo ultrapassar 1% do salário. O texto da Câmara fixava em 1% ao mês. Nesta redação, estabelece que a contribuição não seja superior a 12% ao ano.

Segundo o presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, a proposta aprovada é um marco importante para os comerciários brasileiros, que até então não tinham qualquer tipo de regulamentação. No entanto, o dirigente entende que os avanços contidos no projeto são muito pequenos e ainda não contemplam questões fundamentais para categoria como a unificação da data base, regulamentação do trabalho aos domingos e feriados (tendo em conta que a atual legislação não contempla os interesses da categoria), piso salarial ou a jornada de 40 horas. Guimar explica que estas revindicações seguem na pauta da categoria e serão motivo de uma segunda etapa de mobilização que deverá envolver o conjunto da categoria comerciária, que representa hoje mais de 10 milhões de trabalhadores brasileiros.

Rosane Simon entende que apesar de ter trazido poucas garantias, é importante ressaltar que o projeto traz o reconhecimento formal da categoria. Segundo ela, agora o comerciário conquista sua carteira de identidade. "Agora existimos na vida e na lei. Mas como trabalhadores temos  ainda muita luta a trilhar."

Com informações do Jornal do Senado, DIAP e Fecosul

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Presidente da Federação dos Comerciários do RS estará em Ijuí neste sábado

Guimoar Vidor, presidente da FECOSUL/RS (Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços) estará na cidade para uma reunião, no início da tarde, com a direção do Sindicato dos Empregados no Comércio. A principal pauta da reunião será a agenda de ações da categoria para o ano de 2013, mas também a mobilização para as lutas, desafios e bandeiras gerais dos trabalhadores neste período.

A reunião pretende fazer uma análise e uma atualização sobre a situação da Cotrijui, em especial com relação aos trabalhadores da empresa. A Federação e o Sindicato estão acompanhando de perto esta questão. “Nossa maior preocupação neste momento é contribuir para que a Cotrijui se recupere e supere esta situação momentânea em que se encontra. Mas estamos acompanhando e buscando garantir que não haja prejuízo aos trabalhadores da empresa neste processo”, explica a presidenta do Sindicato dos Comerciários de Ijuí, vereadora Rosane Simon.

Mobilização para a 7ª Marcha das Centrais Sindicais e dos Movimentos Sociais
Guiomar, que também é presidente da CTB/RS (Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil), também mobiliza os sindicatos filiados para participar da 7ª Marcha das Centrais Sindicais e dos Movimentos Sociais, no próximo dia 06 de março, em Brasília.

A marcha, organizada pela CTB, CGTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT, conta com apoio dos movimentos sociais e estudantil e promete reunir dezenas de milhares de trabalhadores da cidade e do campo, na Esplanada dos Ministérios, com o propósito de entregar uma pauta de reivindicações ao governo federal, baseada na Agenda da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).

A íntegra da pauta a ser apresentada ao poder público e ao Congresso Nacional inclui as seguintes reivindicações:

1) Redução da jornada para 40 horas semanais
2) Fim do Fator Previdenciário
3) 10% do PIB para a Educação
4) 10% do PIB para a Saúde
5) Reforma Agrária - assentamento de 200 mil famílias
6) Convenções 151 e 158 da OIT (negociação coletiva no setor público e dispensa Imotivada);
7) Política para os aposentados
8) Investimento na produção no emprego
9) Correção da Tabela de Imposto de Renda.
10) Igualdade de oportunidade para homens e mulheres

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Comerciários debatem campanha salarial 2013 e elegem Delegados Sindicais

Os comerciários de Ijuí e Região estiveram reunidos em assembleia na última sexta-feira (08) e iniciaram as deliberações sobre a campanha salarial da categoria em 2013. A presidenta do Sindicato Rosane Simon informa que a categoria vai reivindicar o repasse de 100% do INPC e 10% de aumento real. “Sabemos que o comércio se mostra estável economicamente. Por outro lado sabemos também que está com dificuldade de contratar, pelos horários diferenciados que exige em relação a industria ou outros setores. O trabalhador do comércio acaba migrando para não ter que trabalhar aos sábados a tarde ou domingos. Então está na hora de valorizar o trabalho no comércio”.

Rosane informou ainda que devido a antecipação da data base do comércio de maio para março o INPC do período será medido em 10 meses, de maio 2012 a fevereiro de 2013. Sem contabilizar ainda o mês de fevereiro, o índice fechou em 5,32% e a expectativa é de que feche próximo a 6,3%.

“É importante lembrar que nossa mobilização não é só pelo reajuste mas também pelo reforço na luta e na conquista de mais cláusulas sociais para a categoria. Temos 79 revindicações. Muitas delas, como o auxílio escolar, nos já conseguimos estabelecer. Mas existem ainda muitas outras, como o auxílio creche, pelas quais nós estamos lutando”.

Rosane Simon lembrou novamente que a partir em março, data base da categoria, o piso no comércio passa a ser de R$ 805,59, valor do salário mínimo regional. Enquanto não fechar o novo acordo, nenhum comerciário deve receber menos que este valor como salário.



Assembleias de base elegeram delegados sindicais
Diversas assembleias foram realizadas também na base territorial do Sindicato, não só para tratar do dissídio mas também para atualizar os trabalhadores do comércio nestes municípios sobre as demandas da categoria. Estas assembleias elegeram delegados sindicais que serão os representantes do sindicato nestes municípios e na região.

“Tivemos a grata surpresa de elegermos 3 mulheres como delegadas neste período o que é muito significativo, já que é a primeira vez que as mulheres chegam e se propõem a este desafio. Os delegados tem uma função muito importante porque são eles que nos dão o suporte e reforçam a nossa luta nos municípios de atuação do Sindicato”, disse a Presidenta.

Foram eleitos delegados sindicais Oseias Franciscone (Ajuricaba), Juliano Antunes Rodrigues (Nova Ramada), Marcelo Andrade Rigoli (Chiapetta), Neuza Bindé (Campo Novo), Gladis Janice Beck Georgen (Augusto Pestana), Vilson Melo (Santo Augusto) Ines Cristina da Silva (Coronel Bicaco), Itani Filipin (Catuípe) e Rivail Rosa dos Anjos (Jóia).

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Marcha à Brasília será dia 6 de março

A “Marcha da Classe Trabalhadora por Cidadania, Desenvolvimento e Valorização da Classe Trabalhadora”, que está sendo organizada pelas centrais sindicais, ocorrerá no dia 6 de março, em Brasília.

O objetivo é pressionar o Governo Federal e o Congresso Nacional para que coloquem a pauta da classe trabalhadora em votação e que os projetos em favor da valorização do trabalho sejam aprovados. A Agenda da Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), elaborada pelas centrais em 2010, servirá como base para as reivindicações que serão entregues à presidenta Dilma Rousseff.

São oito pontos fundamentais como bandeiras para a marcha:
- Fim do fator previdenciário;
- Redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;
- Educação: 10% do PIB para o setor;
- Saúde: 10% do PIB para o setor;
- Reforma agrária;
- Valorização das aposentadorias;
- Ratificação das convenções 151 e 158 da OIT;
- Mudanças na política macroeconômica.

O presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, já entregou à presidente Dilma um documento com as reivindicações dos trabalhadores, no final do ano passado, em evento em Caxias do Sul. Vidor destaca a importância da mobilização das entidades em Brasília para pressionar o governo e o Congresso na aprovação da pauta dos trabalhadores. Ele alerta também que os empresários estão mobilizados e pressionando, na Câmara dos Deputados e no Senado, pela reforma da CLT. Reformas que preveem flexibilização dos direitos e precarização do trabalho.

“Esta mobilização deverá ser do conjunto da classe trabalhadora. Todas as centrais, federações, sindicatos, estudantes, movimentos sociais e da sociedade em geral. Porque as perdas de direitos já conquistados irá afetar todos. Não podemos retroceder nas nossas conquistas. Precisamos é avançar e garantir mais direitos e é para isso que estaremos na Capital Federal, no dia 6 de março, mostrando ao governo e aos deputados e senadores, que não aceitamos voltar no tempo e precarizar as condições de trabalho”, afirmou Guiomar Vidor.

Para Wagner Gomes, presidente nacional da CTB, as centrais sindicais irão demonstrar mais uma vez sua capacidade de articulação, ao reeditar as grandes marchas realizadas durante o governo Lula, que garantiram, entre outros avanços, a política de valorização do salário mínimo. “Temos totais condições de reunir dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras em Brasília. Temos esse compromisso com a classe trabalhadora e já é hora de mostrarmos ao governo que é preciso avançar mais, no sentido de adotar políticas mais ousadas para garantir o desenvolvimento do país”, afirmou.

Assessoria Fecosul