quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Abuso e restrição de direitos revolta trabalhadores de rede varejista em Ijuí


Desde agosto, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí recebe reclamações de trabalhadores da Beck's Store, por descumprimento da legislação trabalhista. Haveria manipulação de ponto, com a ampliação do horário de trabalho sem pagamento de horas extras e manipulação da data de pagamento de salário (trabalhadores assinavam o recebimento na data limite e recebiam o pagamento somente quando houvesse dinheiro em caixa). “Mas não é só isso. Coisas básicas também são negligenciadas como vale-transporte e água”, explica a presidente do Sindicato Rosane Simon.

Rosane disse que as primeiras medidas tomadas foram através de contatos com a empresa para resolver estas questões. “Fiz visitas na empresa e conversei pessoalmente com a gerência. Também mandamos ofícios comunicando os problemas, mas nada foi encaminhado”, explica.

O ápice dos fatos aconteceu no período natalino, quando cerca de 15 trabalhadores foram convocados no dia 25 de novembro e até a véspera do natal ainda não tinham registro em carteira e além das demais questões relatadas não receberam salários ou lanche, nos horários estendidos do natal.

Diante da falta de ação da empresa, o caso foi denunciado ao Ministério do Trabalho, que enviou fiscais e comprovou algumas das irregularidades. Uma reunião entre representantes da empresa e do Sindicato mediada pelo Ministério do Trabalho determinou que o pagamento aos trabalhadores fosse realizado na quarta-feira (28). Representantes da rede compareceram ao Sindicato mas não realizaram o acerto, protelando para o dia 3 de janeiro. A postura causou revolta nos trabalhadores que além de passarem o ano novo sem seus salários estão com suas carteiras de trabalho retidas. Sem alternativas, os trabalhadores decidiram por uma manifestação em frente a loja. A empresa chegou a chamar a Brigada Militar, mas não houve tumulto.

“É lamentável que uma rede deste porte desrespeite tanto o direito dos trabalhadores, prejudicando inclusive os nossos pequenos empresários, que cumprem com as suas obrigações e pagam os seus impostos”, disse Rosane Simon. “Importante lembrar que esta mesma rede, que explora o trabalhador desta forma, queria desrespeitar também a legislação municipal vigente e abrir suas lojas nos domingos, expondo os trabalhadores a mais um dia sem seus direitos básicos”.

Caso não haja acerto na próxima semana, uma nova manifestação poderá ocorrer. O Sindicato também já encaminha ação contra a empresa na justiça do trabalho.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Contraproposta do SINDILOJAS congela negociações do dissídio


Uma reunião na manhã desta quinta-feira (08), na sede do SINDILOJAS de Ijuí, entre o Sindicato dos Empregados no Comércio e a entidade patronal, voltou a tratar do dissídio da categoria, novamente sem acordo.

A proposta encaminhada na semana passada pelos trabalhadores era de um piso de R$ 660,00 de maio a outubro, R$ 670,00 a partir de novembro e a garantia, em cláusula do acordo, do pagamento do salário mínimo regional quando este estiver estipulado pelo governo. Em contraproposta, o SINDILOJAS apresentou  R$ 660,00 até dezembro e R$ 670,00 a partir de janeiro, sem a garantia em cláusula do mínimo regional.

Para o Sindicato, a resistência contra a cláusula do aumento do mínimo regional não possui fundamento econômico, mas político. O SINDILOJAS argumenta que com o governo do estado legislando sobre o salário, acabam as relações entre os sindicatos, com as negociações salariais. “No fundo o que temos em Ijuí é uma lógica em que o comércio deve crescer sempre, mas sem crescimento e distribuição de renda aos trabalhadores. As negociações do nosso dissídio são usadas como instrumento de arrocho do poder econômico sobre a classe comerciária. Prova disso são as negociações já acordadas em outras cidades da região que possuem uma economia menor que a nossa, conseguindo pactuar acordos que favorecem os dois lados”, disse Rosane Simon, presidente do Sindicato dos Comerciários.

O anúncio do valor do mínimo regional para o próximo ano deve sair ainda este mês, segundo informações da Federação dos Comerciários, a FECOSUL. A previsão é de que o valor seja de R$ 720,00. Num calculo simples, Rosane Simon explica a importância da cláusula do mínimo regional para os comerciários.

O atual valor do mínimo regional, piso dos comerciários a partir de maio é de 638,20 reais. Se o sindicato aceitasse a proposta de R$ 660,00 até dezembro, a diferença de maio a dezembro a ser paga para a categoria seria de R$ 174,40. Se o mínimo for reajustado a R$ 720,00 para pagamento em janeiro, só a diferença entre o novo piso e o piso oferecido pelo SINDILOJAS nos 4 meses até maio já seria maior, de R$ 240,00.

“Temos responsabilidade com os trabalhadores. Sob nenhuma hipótese podemos fazer um acordo nestas condições, em que os trabalhadores seriam claramente prejudicados. O mínimo regional é uma das nossas principais bandeiras e o nosso caso em Ijuí, demonstra claramente que a sua valorização é uma política acertada”, explica Rosane Simon.

Sem o acordo do dissídio, o horário do comércio para o natal também segue sem acordo. “O abertura das lojas está garantida em lei municipal. Mas os comerciantes terão regras muito mais estreitas com relação a utilização de mão de obra. Os trabalhadores do comércio devem estar atentos para isso e ajudar o Sindicato a fiscalizar possíveis abusos”, convocou a presidente.

Os trabalhadores reúnem-se em assembleia nesta sexta-feira, as 18:30hrs, no auditório do Sindicato. Na pauta, além de esclarecimentos sobre o dissísio e o horário de natal, haverá a prestação de contas da gestão.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Nota sobre o horário do comércio no natal


O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí vem a público esclarecer que em nenhum momento fechou acordo ou reuniu-se com o SINDILOJAS a fim acordar o horário de natal, segundo notícias veiculadas na imprensa local. As informações veiculadas não partiram da nossa direção.

A reunião da última quarta-feira com o Sindicato Patronal teve como único objetivo o dissídio da categoria. O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí condiciona o acordo do horário de natal ao fechamento do dissídio nos termos propostos na última reunião e conforme decidido por toda a categoria em assembleia. Não haverá acordo sobre o horário de natal sem que antes o dissídio seja assegurado aos trabalhadores do comércio. Os comerciários aguardam o resultado de assembleia do SINDILOJAS sobre a proposta do dissídio encaminhada.

Esclarecemos ainda que a falta de acordo entre as partes sobre o horário de natal tem implicações: sem acordo, as horas extras trabalhadas deverão ser compensadas na mesma semana ou pagas.

Manifestamos também nossa total disponibilidade para que o quanto antes, todas estas questões sejam sanadas e que tenhamos todos a máxima tranquilidade jurídica e institucional para comerciantes e trabalhadores.



Rosane Simon
Presidenta

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Comerciários realizam manifestação e negociação avança

 

Os comerciários de Ijuí saíram à rua na manhã desta quarta-feira em manifestação pelo dissídio da categoria. Até o momento, não há acordo com o sindicato patronal. Uma nova reunião de negociação foi realizada, ainda sem acordo.

A concentração de trabalhadores ocorreu na sede do Sindicato e a manifestação contou com o apoio do Presidente da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do RS (FECOSUL), Guiomar Vidor e também de presidentes de Sindicatos de comerciários da região.

Antes da manifestação, os trabalhadores reuniram-se no auditório da entidade para orientações sobre as negociações. “Nossa categoria, em assembleia, decidiu não aceitar um piso menor que o valor de R$ 670,00. Ijuí tem o maior PIB e o menor piso dos comerciários dentre todas as cidades da região”, disse a Presidente do Sindicato Rosane Simon.

“Temos índices que comprovam que o comércio cresceu acima de 10% liquido, mais a inflação. Isto representa um crescimento de 17% no período o que possibilita um reajuste nos termos que estamos negociando. Além disso, em cidades da fronteira como Uruguaiana e Livramento, com uma economia mais fragilizada do que nesta região de Ijuí, nós já acordamos o piso até acima deste valor e garantido a cláusula de pagamento do Salário Mínimo Regional”, disse Giomar Vidor.

Além do valor do piso da categoria, a principal questão que emperra o acordo é a cláusula do Piso Regional. Os trabalhadores querem que no acordo coletivo, seja incluída uma cláusula que garanta o pagamento do valor do Salário Mínimo Regional, cujo reajuste deve sair no início do próximo ano e deve estar próximo a 14%. O valor do Mínimo Regional hoje é de R$ 638,20. Nenhum comerciário pode ganhar abaixo deste valor. A última proposta do SINDILOJAS foi de 650 reais, com manifestações do seu procurador na imprensa, de que chegaria a R$ 660,00 para o Piso da categoria, sem a cláusula do Piso Regional. A proposta dos Comerciários e de R$ 670,00 com a inclusão da cláusula.

Munidos de cartazes e faixas, a categoria andou pelas ruas do centro da cidade, concentrando-se por fim em frente a sede do SINDILOJAS, local da reunião. “Nossa intenção com esta manifestação foi a de sensibilizar também a comunidade de Ijuí para a questão do nosso dissídio. Somos sem dúvida uma das categorias que mais trabalha e que menos recebe na região”, explicou Rosane Simon.


Negociações avançam
Em seguida os representantes dos Sindicatos realizaram nova reunião de negociação. Além do Presidente da FECOSUL Guiomar Vidor, estiveram presentes, representando os trabalhadores, a Presidente do Sindicato de Ijuí, Rosane Simon, o procurador do Sindicato, Luis Carlos Vasconcellos e os presidentes dos Sindicatos de Cruz Alta, Bento da Silveira, Santo Ângelo, Plínio Teixeira, Santa Rosa, Nestor Kalsing e São Luis Gonzaga, Américo Pereira. Representando o SINDILOJAS o seu Presidente, Bruno Haas, O procurador Antônio Carlos Burtet, a diretora Mary Fensck e o Secretario Executivo da entidade Joulberto Matte.


Antônio Burtet reconheceu que o piso da categoria em Ijuí é o menor da região e disse que a entidade tem consciência da necessidade de equiparar isso com as demais cidades. Na negociação, após ambas as partes argumentarem, num novo esforço em busca do diálogo e do consenso, os trabalhadores apresentaram uma nova proposta: um piso de R$ 660,00 até outubro, R$ 670,00 a partir de novembro e a garantia, em cláusula, do pagamento do mínimo regional quando este for reajustado.

O SINDILOJAS fará uma assembleia com seus associados para definir a questão. “É ruim para a nossa cidade, para os empresários e para o trabalhador termos o menor valor na região do piso da nossa categoria. Temos que olhar para cima, para o desenvolvimento da nossa cidade e estes R$ 10,00, que é um aumento de apenas 5 centavos na hora trabalhada, significam muito no bolso do trabalhador e é um dinheiro que será gasto na nossa cidade, movimentando a economia”, explica Rosane Simon.

Guiomar Vidor
A cláusula do Mínimo Regional ainda é um entrave para o SINDILOJAS. “A valorização do mínimo regional é uma das principais bandeiras dos trabalhadores. Não podemos acordar um piso da categoria de R$ 660,00 sem a garantia do mínimo regional, que poderá ir a R$ 720,00 no início do ano. O trabalhador perde com isso”, disse Guiomar Vidor.

Os Comerciários esperam agora o resultado da assembleia do Sindicato Patronal. Caso não haja acordo, a questão deverá ir à julgamento. “Nossa vontade é de solucionar os impasses e fechar a questão. Será a melhor solução para todos. Acho que chegamos a uma boa proposta e esperamos que o SINDILOJAS compreenda a necessidade de tornarmos o nosso comércio mais forte, valorizando também os trabalhadores da nossa cidade”, concluiu a Presidente do Sindicato, Rosane Simon.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Presidente da CTB-RS reage contra empresários que propõem extinção do Piso Mínimo Regional no Estado


No debate a respeito do Salário Mínimo Regional, no programa ‘Esfera Pública’, da Rádio Guaíba, sob coordenação de Juremir Machado da Silva, em 23/11, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, criticou a posição dos empresários que passaram a defender a extinção do Piso Mínimo no Rio Grande do Sul. O programa contou com a presença do Secretário Executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS), Marcelo Danéris.

Presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, critica pedido de extinção do Piso Regional
Foto: Márcia Carvalho

A provocação partiu do vice-presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Leonardo Schreiner, que fez uma justificativa tendenciosa:

“Quando o Piso Regional foi criado, a situação econômica do Brasil era completamente diferente e nós tínhamos, na época, um salário mínimo que equivalia a 84 dólares, o que era bastante fora da realidade. A partir de um trabalho efetuado pelo governo Lula, que tratou de melhorar as condições do salário mínimo, ele foi sendo reajustado e hoje está em torno de 300 dólares. Então, vivemos uma situação completamente diferente e não enxergamos mais a necessidade de existir um Piso Mínimo no Rio Grande do Sul”, pregou o vice da Fecomércio.

Em sua resposta, o presidente da CTB-RS fez um relato a respeito da importância, não só da manutenção do Piso Mínimo Regional, como insistiu na necessidade da recuperação das perdas ocorridas desde que ele foi instituído durante o governo de Olívio Dutra, em 2001.

“O Salário Mínimo Regional é um importante instrumento de distribuição de renda para a população, pois gera o fortalecimento do nosso mercado interno. Ele aumenta o poder de compra dos trabalhadores que mais precisam: os domésticos, os que não têm categoria sindical organizada ou que têm sindicatos mais fracos. Por isso, consideramos que, além de ser um referencial econômico, ele é também um instrumento social porque vai dinamizar mais a economia, fortalecer o mercado de consumo além de ser, ao mesmo tempo, um processo de distribuição de renda”, disse Guiomar Vidor.  E acrescentou:

“É isso o que o salário mínimo desempenha em nível nacional, tanto que foi estratégico, inclusive, no enfrentamento da crise financeira mundial de 2008 e 2009, quando o Brasil fortaleceu o seu mercado interno. Por isso, nós entendemos que, no Rio Grande do Sul, o Piso Mínimo Regional cumpre também esse papel ao fortalecer nosso mercado e, ao mesmo tempo, democratizar a renda. É um instrumento que deve ser utilizado pelo Estado para diminuir as desigualdades sociais, particularmente naquelas regiões que hoje são consideradas as mais pobres”, analisou o presidente da CTB-RS.

O representante do patronato voltou a insistir na tese da extinção do Piso Regional. Disse Schreiner:
“Nossa preocupação é se é legal termos um valor maior em um Estado que fica longe dos principais centros consumidores e que não tem grandes investimentos ainda, nem em infraestrutura, nem em educação. Nós podemos economicamente ter um Piso Regional superior à média nacional? E dentro do Rio Grande do Sul também não há diferenças entre as regiões? Será que a capacidade de pagamento de Caxias do Sul é a mesma de Faxinal do Soturno ou de Lagoa dos Três Cantos?", questionou o vice da Fecomércio.

Mais uma vez, o presidente da CTB-RS foi didático ao responder à provocação do empresário:

“Claro que não. O Piso Regional objetiva puxar para cima os salários que estão abaixo. É lógico que se pegarmos os dissídios de Caxias do Sul, elas não são atingidas pelo Piso, pois são todas superiores a esse valor”, afirmou Guiomar Vidor.

Na sequência, o presidente da CTB-RS lamentou o comportamento errático dos empresários, que só falam em produtividade quando lhes é conveniente.

“O Piso Regional cumpre um papel, sim, nas regiões menos favorecidas do Estado. Porque hoje a dificuldade grande que se tem é na regulação da própria negociação coletiva. Não existe uma maturidade significativa por parte das entidades patronais no que diz respeito a essa questão. Ainda temos que dar um passo muito grande para chegarmos de fato em um processo de livre negociação. Hoje, sequer os trabalhadores têm direito de organização no local de trabalho, o mandato dos dirigentes sindicais está sendo questionado. Então, não existe no Brasil um processo de livre negociação coletiva. Por exemplo, nas negociações da Câmara Temática do Piso Regional, as entidades patronais se negam a discutir a questão da produtividade. Jamais as empresas abriram e se negam a abrir suas contas nas negociações coletivas quando a gente argumenta a questão da produtividade. Por que agora se levanta a questão da produtividade? É lógico que temos diferenças significativas. Desde o início as entidades patronais não aceitaram o Piso Regional aqui no Estado, tanto que entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, a pedido da Confederação Nacional do Comércio”, revelou o presidente da CTB-RS.

O vice-presidente da Fecomércio, Leonardo Schreiner, voltou utilizar argumentos falsos para reiterar o pedido de extinção do Piso Mínino Regional no Rio Grande do Sul.

“Com o passar do tempo, o Rio Grande foi perdendo competitividade e deixou de gerar empregos em comparação a grande maioria dos estados. Pela média brasileira, nós deveríamos ter gerado mais de 630 mil empregos nos dez últimos anos, o que não ocorreu. Por quê? Porque o Piso Regional significa custo e as empresas, em busca do crescimento, saem do Rio Grande em busca de outros estados, principalmente onde a mão de obra é intensiva. Assim, nós ficamos cada vez menos competitivos. Portanto, a posição consensual das entidade empresariais é de que o Piso Regional deveria deixar de existir. Por quê? Pela diminuição de vagas para os trabalhadores, pois reduziu os novos empregos, baixou a renda per capita estadual e dificultou a competitividade das empresas”.

Na resposta do presidente da CTB-RS ao empresário, os ouvintes da Rádio Guaíba tiveram a oportunidade de entender como é mentirosa e retrógrada a argumentação de parte do patronato estadual.

“Cinco estados possuem o Piso Regional: o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Os empresários locais alegam que ele gera problema de competitividade, pois vai aumentar o custo da mão de obra, a nossa mercadoria será mais cara e empresas vão trocar o Rio Grande do Sul por outros estados. Ora, Santa Catarina tem um Piso maior e uma economia menor do que a nossa; o Paraná tem um Piso bem maior do que o nosso. Então, eu pergunto: por que as empresas do Paraná e de Santa Catarina não se deslocam para o Rio Grande do Sul?”, perguntou Guiomar Vidor. E prosseguiu sua argumentação em defesa do Piso Regional:

“A verdade é que esses argumentos não passam de frases repetidas e que não se comprovam na realidade objetiva que nós encontramos na economia do Estado. O Piso Regional é um instrumento importante para nós pela democratização da renda, pelo fortalecimento do nosso mercado interno e de valorização do trabalho. Por isso é que a CTB-RS lançou a campanha pela valorização do Salário Mínimo Regional. Hoje, o grande problema do Brasil não é salário. Se nós analisarmos a relação entre o PIB e a massa salarial. Na década de 80, a massa salarial representava 50% do PIB e hoje ela é 34% ou 35% do PIB. Por aí se vê como decaiu a massa salarial brasileira. Nós precisamos é reforçar cada vez mais a massa salarial, a fim de aumentar o poder de consumo do mercado interno”, finalizou o presidente da CTB-RS.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Comerciários: sem reajuste não haverá acordo para o trabalho no natal


Reunidos em assembleia na última sexta-feira (11), os comerciários debateram o dissídio da categoria. Até o momento, não há acordo entre o Sindicato dos Empregados e o SINDILOJAS, o Sindicato patronal.

A última proposta dos trabalhadores foi de um piso de R$ 670,00 e 2% de reajuste real para quem ganha acima do piso. O SINDILOJAS oferece um piso de R$ 650,00 e menos de 1,5% de reajuste real para os demais salários. “Não aceitamos que em Ijuí, a cidade que tem o maior PIB da região, nós tenhamos o menor piso da categoria”, explica a presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Rosane Simon. Santa Rosa, Cruz Alta e Santo Ângelo já fecharam seus acordos com pisos acima de R$ 670,00.

Salário mínimo estadual gera impasse
Outro impasse nas negociações se refere ao piso mínimo regional no estado, que no Rio Grande do Sul é de R$ 638,20. Os comerciários querem incluir no acordo uma cláusula pela qual ninguém pode ganhar menos que o salário mínimo estadual. “As previsões são de que o mínimo estadual seja reajustado em torno de 11 a 13% já em janeiro, ou seja, próximo de R$ 700,00. Como podemos aceitar um piso de 650 reais, bem abaixo da média regional e ainda retirar a cláusula que estipula que ninguém ganhe menos que o mínimo. Os trabalhadores de Ijuí seriam imensamente prejudicados”, explicou Rosane. Nas outras cidade da região, esta cláusula não gerou impasse e foi incluída nos acordos.

Com poucas possibilidades de acordo, o dissídio neste ano deverá ir a julgamento. O mínimo estadual no valor de R$ 638,20 já é garantido a todos os comerciários. Em julgamento, fica automaticamente garantido para o piso da categoria o valor do salário mínimo estadual (que em janeiro deverá ser igual ou maior a R$ 700,000) e, para os demais salários, há apenas a reposição da inflação. No entanto se extinguem automaticamente os acordos para a compensação de horas extras (banco de horas), que com o acordo podem ser compensadas no mês e passam a ter de serem compensadas na semana, ou remuneradas.

A decisão dos trabalhadores em assembleia é por pressão. Se não houver acordo pelo reajuste, também não haverá acordo pela utilização de mão-de-obra neste natal. Além disso, os trabalhadores devem preparar uma manifestação na cidade. “Recebemos dezenas de ligações diárias no Sindicato de trabalhadores buscando informações sobre o andamento das negociações. É importante que os trabalhadores passem a dialogar também com os seus patrões, para que estes pressionem o Sindicato Patronal a fim de sanarmos os impasses existentes”, conclui Rosane.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Convite para Assembléia Geral da Categoria

Convidamos para a nossa Assembléia Geral da Categoria, que se realizará nesta sexta-feira, dia 11 de NOVEMBRO, ás 18.30h, no Auditório do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, na Rua Venâncio Aires, 293, Centro

Pauta:
Negociações do Dissídio 2011/2012
Abertura de Temporada Sede Campestre
Assuntos diversos.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Acordo entre comerciários e SINDILOJAS é cada vez mais difícil

A dificuldade de um acordo entre o SINDILOJAS e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí pelo dissídio da categoria em 2011, levou as partes à uma reunião de intermediação no Ministério Público do Trabalho em Santo Ângelo, na tarde de ontem.

A proposta do Sindicato é de que o piso da categoria seja de R$ 670,00 e mais um aumento real de 2% acima da inflação para os demais salários. A categoria exige também que ninguém ganhe abaixo do piso regional que atualmente é de R$ 638,20.

“Em Ijuí, comparando com a região, temos o maior PIB  e a menor remuneração para os comerciários. Nos últimos anos as propostas do SINDILOJAS tem sido sempre acanhadas e especialmente neste ano a proposta patronal nos distancia ainda mais das negociações já realizadas na região”, explica a presidenta do Sindicato Rosane Simon. A proposta patronal é de um piso de R$ 650,00 e um aumento real de próximo a 1,5%.

Nesta reunião, novamente não houve acerto entre as partes, o que poderá prejudicar também um acordo para o horário do comércio no natal. Uma reunião entre as federações está marcada para a próxima semana.

“Sabemos que os trabalhadores cansam em esperar pelo reajuste, mas o Sindicato se manterá firme. É preciso entender que não podemos concordar com esta defasagem, num período em que o comércio está demonstrando crescimento e num momento em que, nos demais município da região, este resultado já foi repassado à categoria”, conclui Rosane Simon

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Marcha dos Sem mostra a unidade dos trabalhadores no RS

A 16ª Marcha dos Sem foi uma demonstração de força e de unidade dos trabalhadores e dos movimentos sociais do Rio Grande do Sul, na tarde desta quinta-feira (27). Cerca de 5000 pessoas ligadas a movimentos sociais e entidades representativas participaram desta atividade que foi organizada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), pela Conlutas e pela Central Única dos Trabalhadores do Estado (CUT/RS). Entre as reivindicações, distribuição de renda com geração de emprego, cobrar mais investimentos em politicas sociais do governo e protestar contra a corrupção.

Além disso, os trabalhadores cobraram a manutenção do piso salarial nacional, valorização dos trabalhadores, o fim do fator previdenciário e a redução da carga horária de trabalho. Segundo a vereadora Rosana Simon, que representou no evento a União Brasileira de Mulheres (UBM) e a Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (FECOSUL), a Marcha demonstra que os trabalhadores estão em luta, para que o país se desenvolva, mas também para que este desenvolvimento seja bem distribuído, melhorando a qualidade de vida do povo. “Manter esta mobilização mostra que os trabalhadores não se conformam e querem disputar espaços para avançar em suas conquistas sociais que devem contemplar toda a classe trabalhadora”.

“Foi uma marcha extremamente positiva, principalmente pelo momento que estamos vivendo em nosso país e em nosso Estado, de luta pela ascensão do movimento social”, avaliou o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor.

O governador Tarso Genro recebeu, no Palácio Piratini, um documento com as principais reivindicações dos integrantes da Marcha dos Sem. Logo após, o mesmo documento foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde (PT) no Palácio Farroupilha. "Foram encontros positivos, principalmente com o governador. O Estado tem que ser indutor do processo de desenvolvimento econômico, mas também instrumento indutor da distribuição da renda. Nós queremos que o trabalhador também seja valorizado. E isso só ocorrerá com a valorização do salário, do Piso Mínimo Regional e do cumprimento do piso dos professores. É significativo a Marcha dos Sem voltar a ser recebida no Palácio Piratini. E a gente observa, também, que o governo do Estado manifesta interesse em atender as reivindicações do movimento sindical e do conjunto do movimento social", analisou o presidente da CTB-RS.
A Marcha existe desde 2006, e tem como meta dialogar com a classe trabalhadora, reunindo diversos movimentos sociais no sentido de discutir questões ligadas as desigualdades de acesso e oportunidades, violência e miséria. A ação terminou no final da tarde de ontem, com um grande ato de encerramento. O evento teve a participação de integrantes dos movimentos Sem Terra, dos trabalhadores desempregados, CPERS, sindicatos e o público em geral.

Com informações do Correio do Povo
CTB/RS, por Emanuel Mattos
Fotos: Márcia Carvalho

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Informe à base de atuação, empregados da COTRIJUI

SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE IJUI

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí informa aos trabalhadores de sua base de atuação, empregados da COTRIJUI, que foi firmado Acordo Coletivo de trabalho pactuando as seguintes cláusulas:

O piso Salarial de R$682,00;
reajuste de 8,30%, para os salários acima do piso, ambos a partir de 1° de maio de 2011.

Também ficaram asseguradas várias cláusulas sociais e econômicas entre as quais o auxílio escolar de ½ salário normativo e o adicional de quinquênio de 4%. Mantido o desconto assistencial de 2 dias de salário nos meses de novembro e dezembro, aprovados na assembleia geral da categoria.

Fica assegurado o direito de oposição ao desconto assistencial nos dias 01/11/2011 a 07/11/2011 das 7hrs ás 19hrs na sede do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí.

IJUÍ, 26 DE OUTUBRO DE 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

Assembleia define nova manifestação por reposição salarial


O Sindicato dos Empregados no Comercio de Ijuí realizou na noite desta sexta-feira a sua assembleia geral ordinária, tendo como pauta o dissídio da categoria. As negociações no município não avançam, em especial com relação ao piso salarial. O Sindicato quer um piso de R$ 670,00 e a reposição da inflação mais um aumento real de no mínimo 2% para quem ganha acima do piso.

Rosane Simon, presidenta do Sindicato explica que o embate com o SINDILOJAS tem um caráter muito mais político do que econômico, no sentido de que a FECOMERCIO/RS, federação dos sindicatos patronais no estado elegeu como bandeira acabar com o piso regional, que é um parâmetro para os demais salários e que foi reajustado em 11,6% neste ano. “Ao não aceitarem um percentual de reposição para a nossa categoria próxima ao piso, a intenção, para além da ação judicial que movem contra o piso regional, e utilizar as nossas negociações para acabar com o piso regional. A valorização do piso regional do estado é muito importante para toda a classe trabalhadora e nós não podemos permitir isso”.

Assembleia define por nova mobilização por reposição salarial
 Outras negociações já foram encaminhadas com dois outros segmentos patronais, o Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos (Sincopeças) e o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv). O piso do Sincodiv subiu de R$ 636,00 para R$ 695,46 e o reajuste para os demais salários foi de 8,43% (6,3% inflação). O piso do Sincopeças subiu de R$ 613,00 para R$ 670,00 e o piso da limpeza de R$ 586,00 para R$ 640,00. Os demais salários também tiveram um aumento de 8,43%.

Com a COTRIJUI as negociações estão avançadas, embora ainda não há uma sinalização clara de acordo. A proposta do Sindicato é de que o piso suba de R$ 625,00 para R$ 680,00, e um reajuste para os demais salários de 8,5%. “Tivemos uma safra boa, o comércio em geral teve um crescimento no período de 10,7% e a COTRIJUI vive um bom momento. 2% de aumento real para os trabalhadores é a nossa proposta limite em meio a este clima de otimismo”, diz Rosane Simon. Há esperança de que o acordo seja fechado ainda esta semana.

Com relação aos demais trabalhadores do comércio em Ijuí, a palavra de ordem é mobilização. Devido a falta de interesse da classe patronal, o Sindicato pretende buscar a intermediação do Ministério Público do Trabalho e não está descartada a hipótese de que o dissídio da categoria vá a julgamento. “Esta é a nossa realidade. O crescimento no setor foi de 10,7% (mais a inflação) e foi construído também no balcão, no caixa, no atendimento qualificado e personalizado dos comerciários. Será que este trabalhador não merece sequer 2% de aumento real em seus salários?”, questiona Rosane Simon.

A assembleia decidiu por uma nova mobilização da categoria em breve. O Sindicato pede para que os trabalhadores conversem com os patrões sobre esta questão, para que estes pressionem o seu sindicato. “O impasse não é bom para ninguém. Nossa situação não é inventada e os índices comprovam que a nossa proposta é justa. Por isso agora é hora de uma pressão maior dos trabalhadores e de mobilização”, conclamou Rosane.

Uma nova caminhada pelas ruas do centro será organizada pelo Sindicato em breve e uma data será definida ainda esta semana.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bancários, comerciários e trabalhadores dos Correios realizaram ato unitário em Ijuí


Apitaço no Banrisul, Bradesco e
Agência dos Correios
Bancários, comerciários e trabalhadores dos Correios fizeram nesta segunda-feira, 03 de outubro, uma caminhada pelo centro de Ijuí. As três categorias, estão em plena negociação salarial e enfrentam duras negociações. Bancários e trabalhadores dos Correios estão em greve. A manifestação coincidiu com o “Dia Internacional de Ação” convocado pela Federação Sindical Mundial (FSM) que mobilizou a classe trabalhadora e o povo em geral para um dia de luta dos trabalhadores em todo o mundo. Manifestações em diferentes países marcaram a data, que é também a data da fundação da FSM, em 1945.

Em Ijuí, a manifestação teve início as 10 horas, quando as três categorias concentraram-se em frente a Caixa Econômica Federal, no centro da cidade. Dali, saíram em caminhada até a agência do Banrisul. Em frente ao banco, uma parada para a manifestação do Sindicato dos Bancários de Ijuí. “Este ato tem um significado especial porque reúne os trabalhadores do setor público e do setor privado. Unidos e com objetivos em comum revindicamos a justa reposição salarial destas categorias e a luta por dignidade e melhores condições de trabalho”, disse Paulo Scherer, diretor do Sindicato dos Bancários. Convocando os trabalhadores a aderirem a greve, um apitaço foi realizado dentro da agência. A uma quadra dali, numa agência do Bradesco, um novo apitaço, chamando os trabalhadores a aderirem a paralisação.

Logo adiante, ainda no centro da cidade, uma nova parada próximo a esquina das Lojas Colombo, desta vez para a manifestação do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí. “Este dia marca um momento histórico na nossa luta, pois unidos neste ato, exigimos respeito e dignidade nas negociações salariais em curso e melhores condições de trabalho. A exploração da classe trabalhadora só muda de lugar, mas é a mesma seja para comerciários, bancários ou trabalhadores do Correio”, disse a presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, Rosane Simon.

A manifestação teve fim em frente a agência central dos Correios. Dentro da agência, outro apitaço para chamar os não-grevistas a aderirem a paralisação. “Os trabalhadores dos Correios estão no limite e por isso estamos lutando por uma justa reposição salarial e por melhores condições de trabalho e de segurança”, disse Marcos Dias, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS.

Os três sindicatos avaliaram positivamente o ato que recebeu apoio positivo da maioria da população, por onde passava. Os trabalhadores encerraram a manifestação cantando o Hino do Rio Grande.


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Funcionários dos Correios, bancários e comerciários farão manifestação conjunta nesta segunda-feira


Rosane Simon levou o apoio dos comerciários aos
trabalhadores dos Correios e bancários
A presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Ijuí e vereadora do PCdoB Rosane Simon, levou o apoio da categoria comerciária e do seu partido, aos trabalhadores em greve na cidade. Bancários e funcionários dos Correios estão parados pelo reajuste salarial e por melhores condições de trabalho. Os funcionários dos Correios estão alertando também para projetos que visam a privatização da empresa.

“Cada vez mais o capital avança sobre o direito dos trabalhadores, exigindo maior produtividade, metas cada vez mais amplas e em contrapartida, endurecendo a negociação salarial, retirando direitos adquiridos e piorando as condições de trabalho. Esta é a realidade não só dos bancários e dos funcionários dos Correios. Esta é a realidade de todos os trabalhadores, inclusive os comerciários”, explica Rosane.

Os comerciários em Ijuí, também estão em plena negociação salarial. Apesar das diversas reuniões já realizadas e dos demais Sindicatos de Trabalhadores no Comércio da região já encaminharem acordos com o piso da categoria acima de R$ 670,00, em Ijuí, a proposta do Sindicato Patronal é de R$ 650,00.

“As três categorias tem muito em comum, neste momento. As empresas obtiveram bons lucros no ano passado. Na hora de dividir estes lucros com os trabalhadores, que são os que realmente produzem esta riqueza, encontramos propostas fechadas em forma de arrocho e de piores condições de trabalho. Se os nossos problemas são os mesmos, a solução também é conjunta. É na união dos trabalhadores que demonstraremos força”, conclamou.

Diante disso, comerciários, bancários e funcionários dos Correios farão uma mobilização conjunta nesta segunda-feira, 03 de outubro.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Representantes da CTB debatem questões de gênero na região da fronteira

Jaqueline, Ivanir, Izane e Rosane representaram a CTB
O seminário “Educação, Equidade e Negociação Coletiva, Questão de Gênero também na Fronteira”, promovido pela Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) e realizado em Santana do Livramento e Rivera, terminou nesta quarta-feira (22). O evento comemorou também os 25 anos de criação da CCSCS.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) esteve representada no evento pela Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio em Ijuí, Rosane Simon, por Ivanir Perroni, do Sindicomerciários de Caxias, Izane Mathos, pela CTB/RS e Jaqueline Diesmann do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom. Rosane Simon foi também uma das painelistas convidadas pela organização do seminário e abordou o tema “Violência contra a Mulher e Tráfico de Pessoas”.

O primeiro painel da manhã foi “Educação e Trabalho, questão de gênero”, com Rejane Silva da CUT. Rejane falou sobre o papel fundamental da educação e do investimento público no combate as desigualdades. Ela defendeu que para diminuir as diferenças e os preconceitos de classe, gênero, raça e orientação sexual, a sociedade deve ser transformada pela base e com investimentos públicos em saúde, educação e segurança, promovendo uma melhor distribuição de renda. “Fundamental também é estarmos unidos nesta luta, pois a divisão da sociedade só favorece o capital”, disse.

Em seguida Ana Aguilera da PIT-CNT e Maria Auxiliadora dos Santos da Força Sindical, falaram sobre o tema “Negociação Coletiva”. Ana Aguilera fez um histórico da evolução das cláusulas das convenções coletivas no Uruguai, lembrando que muitas das demandas contidas nestes contratos são também demandas presentes na sociedade como a o acesso a melhores serviços de saúde, melhores condições de trabalho, formação profissional e acesso a informação. “Mais recentemente, cláusulas de combate a violência de gênero também são negociadas, como o combate ao assédio sexual e moral e igualdade salarial”, explicou.

Maria Auxiliadora lembrou que a negociação para as mulheres começa em casa, com a divisão de tarefas com os filhos e o marido e lembrou que para a inclusão de cláusulas que combatam as desigualdades e as diferenças entre os gêneros no trabalho é preciso também que as mulheres assumam o movimento sindical. “Não temos nenhuma mulher presidindo uma central sindical no Brasil e poucas dirigem os sindicatos. As mulheres precisam assumir a luta sindical”, defendeu.

O último painel do dia foi “Violência contra a Mulher e Tráfico de Pessoas”. Além de Rosane Simon, o tema foi debatido também pela Secretária Executiva do Projeto INMUJERES Drª. Diana González.

Sob o ângulo do tráfico de pessoas, Diana expôs as relações deste ato em que o traficado está em busca de dignidade e melhores condições de vida e o traficante, através da exploração e da violência física, moral e sexual, reduz o ser humano à uma posição de objeto e mercadoria impondo uma condição de escravidão. O tráfico de pessoas é o segundo mais lucrativo no mundo, ficando a frente do tráfico de drogas e atrás apenas do tráfico de armas. “O tráfico de pessoas se dá pela mobilidade do ser humano em busca de melhores condições de vida. Em outro país, distante de casa, esta pessoa se vê separada da rede de proteção que em seu país, a sua nacionalidade lhe garante através da cidadania, como a justiça, a língua e a família. Sem este amparo, é vítima do abuso de poder”, explicou Diana.

Diana defendeu que o tráfico de pessoas é uma questão de Direitos Humanos. Sendo a mobilidade garantida ao ser humano, os estados devem assegurar, através de legislação a imigração e garantir proteção, alojamento e alimentação.

 
Rosane Simon abriu o último painel da manhã falando sobre a violência contra a mulher. Citando o ineditismo do discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU da presidenta brasileira Dilma Rousseff, ela lembrou que por mais de 20 séculos as mulheres foram impedidas de ocupar fóruns de debate e ação. Dilma é a primeira mulher a realizar este discurso de abertura. Rosane lembrou também que a ascensão de governos progressistas na América Latina emancipam as mulheres na medida em que promovem ações inclusivas. Citou a importância das mulheres ocuparem os espaços institucionais em governos e entidades e de exigir que os governos criem espaços institucionais exclusivos para encaminhar políticas públicas contra a violência e contra as desigualdades de gênero. “Nós somos cobradas muito mais do que os homens pela sociedade. Precisamos sempre, a cada momento, provar a nossa capacidade. Nosso protagonismo será mais efetivo quanto maior a nossa participação nas instâncias de decisão. A sociedade nos deve estes 20 séculos em que ficamos sem espaço”, cobrou.

A tarde o evento seguiu com a composição de um documento conjunto das Centrais Sindicais contendo eixos da luta de gênero e do combate a violência contra a mulher que deverá ser entregue aos presidentes dos países da região, na próxima Cumbre do Mercosul.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Rosane Simon palestra em Seminário Internacional sobre trabalho e gênero

A Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) promove na próxima quarta-feira, em Rivera e Santana do Livramento, um seminário sobre questões relacionadas ao trabalho. O tema do seminário será “Educação, Equidade e Negociação Coletiva, Questão de Gênero também na Fronteira”.

A Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí e Vereadora do PCdoB, Rosane Simon, será uma das palestrantes. Rosane estará representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e debaterá o tema “Violência contra a Mulher e Tráfico de Pessoas”.

“A luta dos trabalhadores muda de endereço, de país, de categoria, mas na essência, enfrentamos os mesmos problemas e dilemas em todos os lugares. Esta troca de experiências entre trabalhadores de diferentes países fortalece a nossa luta e amplia a solidariedade de classe, item fundamental da luta operária internacional”, explica Rosane Simon.

A Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul é um órgão de coordenação e articulação dos sindicatos dos países do Cone Sul. Foi fundada em Buenos Aires, com o apoio da ORIT, em 1986. O objetivo primário da CCSCS no momento da sua fundação foi o de defender a democracia e a luta pelos direitos humanos contra os regimes autoritários que ainda existiam na região (no Chile e Paraguai) e coordenar ações conjuntas contra a dívida externa e seus efeitos sobre as economias dos países do Cone Sul. No final de 1990, a CCSCS adotada como prioridade de trabalho, a necessidade de os sindicatos desempenharem um papel de liderança na integração econômica e social do Cone Sul.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Trabalho aos domingos: mandado de segurança da Grazziotin é indeferido.

A exemplo do que aconteceu no caso envolvendo a Beck's Store, o mandado de segurança impetrado pela Grazziotin contra a antecipação de tutela concedida ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, que proíbe a abertura deste estabelecimento comercial aos domingos, foi indeferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região. É uma nova vitória dos trabalhadores do comércio em Ijuí.

Como anteriormente, a nova decisão foi embasada a partir da existência de legislação municipal que regulamenta o horário do comércio em Ijuí, reconhecendo que o funcionamento do comércio no município é regulamentado por Lei Municipal.

O fato de o domingo não estar expressamente mencionado na lei não significa autorização para exigir trabalho dos empregados, como quer fazer crer a impetrante. A interpretação dada pelo Juiz da ação subjacente é plausível, ou seja, a não fixação de trabalho no domingo resulta na conclusão de que em tal dia não pode haver trabalho prestado por empregados. Não se percebe, assim, ilegalidade no ato atacado”.

“Foi importante que o Tribunal manteve a decisão anterior, ressaltando que esta decisão foi tomada em outra turma do tribunal. Aguardamos o julgamento do mérito desta questão, mas entendo que este novo indeferimento reforça a validade e a importância das leis municipais para a proibição do trabalho aos domingos”, disse a presidente do Sindicato em Ijuí, Rosane Simon.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Comerciários de todo o estado reunidos em Ijuí por campanha salarial

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí programou para a manhã desta quinta-feira (18), uma manifestação dos trabalhadores pela campanha salarial da categoria. A chuva atrapalhou a programação e uma caminhada pelas ruas da cidade acabou não acontecendo. Os trabalhadores pretendiam deslocar-se até a sede do SINDILOJAS e simbolicamente soltar balões em frente ao sindicato patronal. O ato refere-se ao tema da campanha salarial 2011 “Chega de levar balão. 14% de aumento já!”

Nem por isso a categoria deixou de mobilizar-se e o ato aconteceu no auditório do Sindicato com a presença de trabalhadores do comércio, de sindicalistas representando 14 entidades de várias regiões do estado e de representantes do CONLUTAS, CTB e da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (FECOSUL).

“Estamos mobilizados porque precisamos comunicar para categoria e para sociedade as nossas revindicações e as dificuldades nas negociações com os patrões, que muitas vezes não são compreendidas por todos”, disse a presidenta do Sindicato de Ijuí, Rosane Simon, após saudar os presentes. “Quando a sociedade percebe que a proposta de aumento do nosso piso salarial é de irrisórios R$ 0,21 centavos na hora, para trabalhar nos sábados e também nos domingos, os consumidores começam a perceber a nossa postura e nos ajudam a defender a nossa causa”, explicou.

Rosane Simon e Rogério Gomes dos Reis
Rogério Gomes dos Reis, Vice-presidente da FECOSUL saudou a todos pelo empenho. “Saímos de nossas cidades com chuva para mais este ato importante na nossa estratégia de mobilização contra uma estrutura organizada e planejada pela FECOMÉRCIO de arrocho nos salários por todo o estado”. Rogério lembra que a dificuldade das negociações em todas a regiões do estado é imposta por uma cartilha distribuída pela federação patronal que estabelece o limite máximo de reajuste, com a orientação de que “quanto mais baixo o reajuste, melhor”.

Defesa da contribuição assistencial
Outro assunto debatido foi o ataque do Ministério Público do Trabalho sobre a contribuição assistencial. No entendimento dos presentes, o MPT tem atuado de maneira impositiva interferindo e intrometendo-se na questão na “base da caneta, sem saírem dos seus gabinetes para conversarem com os trabalhadores”, como alertou Paulo Pacheco, do Sindicomerciarios de Caxias do Sul.

“Não vivemos mais em uma ditadura. O trabalhador tem meios de resguardar os seus direitos contra ações ditatoriais como as que o MPT tem tomado em todo o país. Precisamos lutar para que a lei que regulamenta a contribuição assistencial seja votada no Congresso Nacional e precisamos de organização para impedir esta intervenção que enfraquece os sindicatos e atenta contra a liberdade sindical”, defendeu Rogério Gomes dos Reis. Os trabalhadores estudam denunciar esta situação a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Reajuste pode ir a justiça
Diante do cenário que as recentes negociações tem estabelecido, onde as contrapropostas apresentadas para a categoria estão muito distantes dos 14% que os trabalhadores revindicam, os sindicatos cogitam retirarem-se das negociações, deixando a definição para a Justiça do Trabalho. As negociações também não avançam com relação as cláusulas propostas pelos trabalhadores como licença-maternidade de 180 dias, plano de saúde e auxílios creche e escolar. “Não podemos abrir mão de nossas revindicações. Temos que continuar firmes nas negociações por um reajuste melhor e acabando também com distorções como o banco de horas, que foi criado em um momento de muita recessão mas que não se justifica quando temos uma situação de pleno emprego e de desenvolvimento no país”, disse Paulo Pacheco. Ele defende a questão exemplificando que em apenas uma empresa supermercadista de Caxias o fim do banco de horas representaria 50 postos de trabalho a mais.

Uma nova manifestação dos comerciários está marcada para o dia 31 deste mês em Santa Cruz do Sul. Dependendo das negociações, Ijuí também poderá realizar um novo ato. “Alertamos os trabalhadores do comércio para que continuem mobilizados. No momento em que há um crescimento econômico exponencial no setor, as propostas de reajuste são muito baixas e isto dá um tom muito ruim na relação entre empregadores e trabalhadores. Temos que estar unidos e firmes para garantir uma reposição salarial justa e digna para a nossa categoria”, defendeu Rosane Simon.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Trabalho aos domingos tem novo capítulo

Ocorreu no último dia (03), na 1ª Vara do Trabalho de Ijuí, nova audiência entre os representantes da Beck's Store e do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, referentes a tentativa desta rede em abrir o seu estabelecimento comercial aos domingos.

A ação movida pelo Sindicato teve início quando, através de anúncios comerciais e de denúncias de trabalhadores do comércio, o Sindicato tomou conhecimento da intenção da rede e imediatamente entrou com ação na Justiça do Trabalho. Na ação, os comerciários defendem a vedação dos trabalhos aos domingos garantida na Lei Municipal Nº 4148/2003 e argumentam que o município de Ijuí tem competência para legislar sobre a matéria de regular o funcionamento do comércio na cidade, amparado na Constituição Federal e na Lei Federal 11603/2007.

Neste novo capítulo, as partes chegaram a um acordo em que a Beck's Store reconhece a lei municipal que não permite o trabalho aos domingos, resolvendo, dessa forma, acatar essa legislação. Em contrapartida, o Sindicato desistiu do pedido de dano moral coletivo postulado contra a rede comercial.

“Nossa intenção não é impedir o desenvolvimento da cidade e muito menos do comércio, pelo contrário. Queremos a valorização do comércio e dos trabalhadores do comércio. Mas nosso dever, acima de tudo e por isso nossa vigilância, é para resguardar os direitos dos trabalhadores que são garantidos por lei”, explicou a presidente do Sindicato, Rosane Simon.

Rosane lembra que uma ação do mesmo tipo está tramitando contra a Graziottin, com audiência marcada para novembro. “Este é só mais um capítulo. Pedimos aos trabalhadores do comércio que continuem vigilantes”.

Aprofundando a questão, Rosane argumenta que não há contrapartidas para os comerciários pelo seu esforço. “Ao mesmo tempo em que os empresários nos chamam para o trabalho nos sábados e nos domingos, recebemos uma proposta de reajuste de 7,77%, o que eleva nossa hora de trabalho para apenas R$ 2,90. Sabemos que o crescimento nas vendas do período possibilita os 14% que estamos revindicando e portanto não podemos concordar com isso”.

A categoria se organiza para uma manifestação em Ijuí em breve.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Centrais apostam na unidade e reúnem mais de 80 mil nas ruas de São Paulo

A CTB, a UGT, a Força Sindical, a Nova Central e a CGTB, além de diversos movimentos sociais, promoveram, nesta quarta-feira (3), em São Paulo, um ato histórico em defesa da Agenda da Classe Trabalhadora. Mais de 80 mil pessoas participaram da passeata entre o Estádio do Pacaembu e a Assembleia Legislativa, apostando na unidade como elemento fundamental para novas conquistas. Para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, o ato foi “uma das maiores demonstrações de unidade dos trabalhadores e uma das maiores passeatas que São Paulo já viu”.

Ao longo do percurso, os dirigentes sindicais expuseram suas reivindicações, em conformidade ao conteúdo da Agenda da Classe Trabalhadora, documento resultante da 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizada no ano passado. Temas como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o fim do fator previdenciário e das práticas antissindicais e a regulamentação das terceirizações ganharam destaque.

Desindustrialização e política econômica

Durante o ato, o presidente da CTB, Wagner Gomes, reforçou a necessidade de o país alterar sua política macroeconômica. “Somente com a redução dos juros será possível que o Brasil dê início a uma nova política de desenvolvimento, que valorize o trabalho e a classe trabalhadora”, afirmou.

O dirigente também atacou as medidas anunciadas pelo governo federal um dia antes, a fim de estimular a indústria nacional. “A desoneração da folha de pagamentos proposta pela presidenta Dilma agrada somente aos empresários. Ainda por cima, essas medidas ainda vão agravar futuramente o equilíbrio da Previdência Social”, afirmou Wagner Gomes, que também criticou a ausência das centrais sindicais no processo de elaboração da nova política.

Nivaldo Santana listou diversos setores da sociedade que sofrem diretamente as consequências da atual política econômica. “O Brasil não suporta mais pagar bilhões e bilhões para os banqueiros, não pode mais ter uma taxa cambial forte que prejudica os trabalhadores, prejudica os aposentados, quebra a nossa indústria e leva o país para a insegurança. Nós queremos um grande desenvolvimento para o nosso país com a valorização do trabalho, com jornada de 40 horas semanais, do fim do fator previdenciário, com a regulamentação da terceirização e com toda a agenda que unifica as centrais e os movimentos sindicais. A nossa luta vai continuar até que consigamos aprovar toda a agenda da classe trabalhadora”, discursou.

Greve geral
Todos os dirigentes que falaram ressaltaram a importância do ato das centrais sindicais unidas. O próximo passo agora será invadir Brasília e o Congresso Nacional.

“É a força dos trabalhadores e trabalhadoras que vai fazer a gente peitar o sistema financeiro. É a força do povo que vai fazer a gente peitar a política de juros, esse câmbio que só traz prejuízo para a economia brasileira. É preciso defender nosso país, defender a nossa nação, é isso que a centrais sindicais e os movimentos sociais estão fazendo, defender a classe trabalhadora”, afirmou Wagner Gomes.

O presidente da CTB encerrou sua fala com uma mensagem para o governo: “Portanto, presidenta Dilma, o povo quer que as mudanças que começaram em 2002 continuem.

Portal CTB

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

1º Conselho Nacional da CTB reúne sindicalistas de todo o Brasil

Não importa a distância. 2000, 3000 até 3800Km de distancia até Atibaia (SP), cidade que recebeu centenas de sindicalistas no segundo dia do 1º Conselho Nacional da CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Foram mais de 300 delegados, vindos de todo o país. O encontro iniciou na última quinta-feira (28). Após a realização de plenárias nos 27 estados brasileiros, o conselho marca o começo de uma nova etapa na história da Central, com desafios mais amplos, rumo ao 3º Congresso da entidade, marcado para 2013.

 
De norte a sul, da cidade e do campo, cada sindicalista deixa um pouco sua cidade para buscar informação e levar mais conhecimento para fortalecer os trabalhadores das mais diversas categorias. Cada um com sua história de luta, suas experiências em busca do reconhecimento e da valorização do trabalho. Entre eles, Rosane Simon, presidenta do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí e 2ª Vice-presidenta da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (FECOSUL).

No debate, o fim do fator previdenciário, uma das principais bandeiras da CTB, a redução da jornada de trabalho, o fortalecimento da agricultura familiar e a reforma agrária, que caminha vagarosamente desde o fim da lei que colocou fim na escravidão, causando o conflito agrário que acaba gerando a violência no campo. No encontro, muitas críticas ao governo Dilma e à política monetária adotada pelo governo, que prioriza os juros altos em detrimento de investimentos no setor social. Para os presentes, é preciso reforçar a unidade construída dentro do movimento sindical para elevar o protagonismo da classe trabalhadora dentro deste cenário que se desenha.

O presidente da CTB, Wagner Gomes, explicou que o objetivo principal do encontro foi fazer um balanço na perspectiva do avanço conquistado pela Central em sua curta trajetória. “Desde 2007, a CTB vem ganhando o respeito de todo o movimento sindical. Portanto, nossa discussão aqui – tanto sobre a conjuntura quanto sobre as questões internas – se dará a partir da análise de que esse foi um período vitorioso”, afirmou.

Para Rosane Simon, este é um período para se enfrentar novos desafios. “Nós trabalhadores, temos que ter muita unidade, trabalhando para avançarmos. Por isso estamos aqui, unificando nossa luta por aquilo que importa, que é melhorar a qualidade de vida do povo trabalhador”, disse.

Rumo ao 3º Congresso
Os integrantes de sindicatos filiados a CTB em todo país, terão o próximo grande encontro em 2013, durante o 3º Congresso da CTB. Wagner Gomes destaca a grande tarefa de todos os delegados e delegadas para o próximo período. “Demos grandes passos aqui, em dois dias de grande discussão e unidade, de consenso progressivo. Até 2013 teremos uma nova etapa, com novos desafios e com a meta de termos 10% de filiados junto ao Ministério do Trabalho”.
Celso Jardim – Portal CTB

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sindicato dos Comerciários comemora 74 anos com jantar

São 74 anos. Em breves linhas, pode-se resumir este tempo de atuação no firme posicionamento que o Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí tem, ao manter o centro da sua luta no constante esforço para melhorar as condições de vida e o salário dos comerciários, mas sempre inserido também, na luta geral dos trabalhadores.

Com este espírito que a categoria se reuniu no último sábado (23), no CTG Piazito Carreteiro, para comemorar mais um ano de luta e também de vitórias. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes ao jantar de comemoração a fundação da entidade, que foi criada em 22 de julho de 1937.

Nestes anos de atuação, é importante ressaltar a participação da entidade nos desafios que os trabalhadores enfrentam no Brasil, participando das jornadas de luta pelo fim do fator previdenciário, pela jornada semanal de 40 horas sem redução de salários, por um maior reajuste para os aposentados e também pelo descanso aos domingos. Luta por uma sociedade melhor.

É neste sentido que a presidenta da entidade, Rosane Simon, lembra que a categoria é composta em sua maioria por mulheres. “Fui a primeira mulher a ser presidenta desta entidade e espero não ser a última. Temos muitos desafios e dentre eles também está o de debater a participação da mulher na sociedade, nos cargos de direção, de governo e no legislativo. E também nos ambientes de trabalho, onde estudos comprovam que a precarização tem rosto de mulher”, disse Rosane.

E há muito o que comemorar para além da data. O trabalho aos domingos era impensável, anos atrás. Hoje é um dos principais desafios da categoria que luta pelo descanso neste dia. Em Ijuí, pela luta do Sindicato, recentes decisões judiciais deram aos trabalhadores vitórias contra a decisão de algumas grandes redes que insistem na tentativa de confrontar a lei municipal e abrir no domingo, tirando o comerciário do convívio familiar, do lazer e do merecido descanso. O comércio é uma das atividades em que os trabalhadores fazem uma das maiores jornadas de trabalho, chegando a 10, 12 horas por dia, de segunda a domingo.

Foi um momento para comemorar e também para confraternizar. No jantar foram sorteados diversos brindes. “Nossa união em torno da entidade nos fortalece como trabalhadores e renova nossas forças, lembrando sempre que é no Sindicato que nos tornamos fortes e ganhamos corpo para enfrentar as lutas do dia-a-dia”, completou Rosane Simon.

+ Fotos Aqui.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sindicato dos Comerciários comemora 74 anos com jantar neste sábado

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí convida toda a categoria para o jantar de comemoração dos seus 74 anos. Fundado em 22 de julho de 1937, a instituição é referência na defesa dos direitos dos comerciários e também na luta por mais conquistas para categoria.

O jantar em comemoração será neste sábado, no CTG Piazito Carreteiro. Os convites estão a venda na sede da entidade ao preço de R$ 10,00 por pessoa. Crianças até 9 anos pagam R$ 5,00. O jantar terá a animação do músico Luciano Scheer e sorteio de vários brindes.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Comerciários: outra decisão judicial impede utilização de mão de obra aos domingos em Ijuí

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí obteve novamente a antecipação de tutela contra a utilização de mão-de-obra aos domingos. Na ação o Sindicato argumentou que a Lei Municipal limita a abertura do comercio de segundas a sábados, inexistindo portanto possibilidade de abertura aos domingos. A competência para o Município legislar sobre a matéria está amparada na Constituição Federal e Lei Federal 11603/2007. A decisão foi expedida na tarde de ontem pelo Juiz da Vara do Trabalho de Ijuí. “Os trabalhadores do comércio estão atentos aos movimentos das redes de varejo nesta questão e nos avisam quando há a intenção de burlar a lei municipal em detrimento do direito dos trabalhadores”, diz a presidente do Sindicato Rosane Simon. “Estamos alertas em relação a esta questão”.

Esta disputa entre o comércio varejista e os trabalhadores do comércio sobre o funcionamento das lojas em domingos e feriados teve decisão recente no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O entendimento majoritário da Corte é de que o trabalho nesses dias depende de autorização em convenção coletiva - mesmo o domingo, não previsto em lei - e cumprimento de legislação municipal.

O Sindicato já havia obtido sucesso em ação recente. A Beck's Store anunciava a abertura de sua loja aos domingos. Desta vez a rede Graziottin anunciava a abertura de suas lojas neste domingo, 10 de julho. O juiz determinou que a loja se abstenha de exigir dos seus empregados o cumprimento da jornada de trabalho neste domingo e nos domingos posteriores e estabelece multa de R$ 2000,00 por trabalhador em caso de descumprimento da decisão.

“É muito necessário ressaltar a importância da atuação coletiva na defesa dos direitos dos trabalhadores. Desde a vigilância dos comerciários que nos trazem as questões que os preocupam em seus locais de trabalho até a atuação do Sindicato na defesa dos interesses da classe comerciária. Esta atuação conjunta nos dá a dimensão exata do que é a atuação sindical. Cada trabalhador tem o seu papel. É na união dos trabalhadores pela defesa e ampliação dos seus direitos que o sindicato se torna forte e assim obtém os resultados. Sindicato forte se faz com trabalhador sindicalizado” conclama Rosane Simon.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Comerciários da região mobilizam-se em campanha salarial

Cerca de 400 comerciários vindos de várias partes do Estado participaram, na manhã desta quinta-feira (30), de caminhada no centro de Porto Alegre. A manifestação marcou o lançamento estadual da campanha salarial 2011 da categoria e foi organizada pela Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul. A caminhada reuniu cerca de 50 sindicados filiados à Fecosul, entre eles 25 comerciários dos sindicatos de Ijuí e Três Passos.

A concentração dos trabalhadores do comércio gaúcho teve início na Esquina Democrática as 9 horas. Em frente ao prédio da Fecomércio, houve várias manifestações de sindicalistas. Os comerciários receberam apoio de outras categorias. Sérgio de Miranda, da Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura RS), disse que estava ali para lembrar que os comerciários são parte fundamental no crescimento do comércio gaúcho. “Não existe motivo para que a patronal não atenda as reivindicações da categoria.”



Novas manifestações serão agora organizadas no interior. O presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, considerou positivo o resultado do ato. “É o começo. É a grande luta dos comerciários e vai intensificar a mobilização da categoria. Também serviu para denunciar o descaso no tratamento que recebemos nas mesas de negociação.” O slogan da campanha salarial deste ano é “Chega de Levar Balão. 14% Já. Comércio de bolso cheio, comerciário de bolso vazio”.

Rosane Simon, presidente do Sindicato em Ijuí, relata que em reunião de negociação no dia 17 de junho, a Fecomércio propôs um piso salarial de R$ 625,00 (abaixo do piso salarial no RS que é de R$ 638,00) e aumento de 5,27% nos salários dos trabalhadores do comércio. Este reajuste sinalizado pela federação patronal está abaixo da variação do INPC, que foi de 6,44% nos últimos 12 meses. A categoria reivindica piso de R$ 750,00 e aumento salarial de 14%. Nova rodada de negociação está agendada para o dia 8 de julho.

Guiomar Vidor disse ainda que os índices de crescimento e as previsões do setor para 2011 demonstram que as empresas têm plenas condições de atender aos trabalhadores. Ele lembrou que o comércio teve um lucro 10,7% acima da inflação no ano passado.

“É importante que a sociedade saiba que são estas as condições que a classe patronal quer dar ao trabalhador do comércio para que este trabalhe sábados a tarde e domingos, um aumento de 15 centavos. O valor da hora trabalhada sobe de R$ 2,69 para R$ 2,84”, disse Rosane Simon. “Mais trabalho por cada vez menos salário é a logica que querem nos impor. Por isso não concordamos com o trabalho aos domingos, sem uma convenção coletiva, e lutamos por um aumento digno para a categoria”, completou Rosane.

A pauta que vem sendo negociada pela Fecosul com a Fecomércio inclui 70 cláusulas. Entre as principais se destacam as reivindicações de que nenhuma empresa do comércio no Estado pague salário menor que o valor do piso regional, trabalho aos domingos e feriados somente com convenção coletiva de trabalho, licença-maternidade de 180 dias, plano de saúde, auxílios creche e escolar, além de outras.

Com informações da comunicação da Fecosul
Texto: Ivan Vieira
Fotos : Márcia Carvalho

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sindicado dos Comerciários obtém nova vitória contra a abertura do comércio aos domingos em Ijuí

O mandado de segurança impetrado pela Beck's Store contra a antecipação de tutela concedida ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí pelo Juiz da Vara do Trabalho Rogério Donizete Fernandes, foi indeferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região. A decisão saiu no último dia 15. A antecipação de tutela concedida pelo magistrado em despacho do dia 12 de maio, proíbe a abertura deste estabelecimento comercial aos domingos, determinando multa de R$ 2000,00 por trabalhador caso estes viessem a utilizar mão-de-obra neste dia da semana. A decisão foi embasada a partir da existência de legislação municipal que regulamenta o horário do comércio em Ijuí.

A nova decisão reconhece que o funcionamento do comércio em Ijuí é regulamentado por Lei Municipal.

“No caso vertente, há a Lei Municipal Nº 4148/2003, reguladora do funcionamento do comércio aos domingos com expressa vedação do trabalho nesses dias, o que ampara a antecipação da tutela pelo Juízo de primeiro grau, exatamente por presente a verossimilhança dos fatos. A pretensão da impetrante na presente ação, em síntese, consiste na exclusão da legislação municipal jamais revogada ou declarada inconstitucional”.

A presidente do Sindicato, Rosane Simon, comemorou a decisão. “A presente decisão ratificando o Parecer do Exmo. Juiz da Vara do Trabalho de Ijuí, Dr. Donizete, mobiliza ainda mais nossa categoria e ampara a boa luta do nosso Sindicato em defesa de melhores condições de trabalho e saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do Comércio”.

Informativo SECIjuí Junho 2011