sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Marcha dos Sem mostra a unidade dos trabalhadores no RS

A 16ª Marcha dos Sem foi uma demonstração de força e de unidade dos trabalhadores e dos movimentos sociais do Rio Grande do Sul, na tarde desta quinta-feira (27). Cerca de 5000 pessoas ligadas a movimentos sociais e entidades representativas participaram desta atividade que foi organizada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), pela Conlutas e pela Central Única dos Trabalhadores do Estado (CUT/RS). Entre as reivindicações, distribuição de renda com geração de emprego, cobrar mais investimentos em politicas sociais do governo e protestar contra a corrupção.

Além disso, os trabalhadores cobraram a manutenção do piso salarial nacional, valorização dos trabalhadores, o fim do fator previdenciário e a redução da carga horária de trabalho. Segundo a vereadora Rosana Simon, que representou no evento a União Brasileira de Mulheres (UBM) e a Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (FECOSUL), a Marcha demonstra que os trabalhadores estão em luta, para que o país se desenvolva, mas também para que este desenvolvimento seja bem distribuído, melhorando a qualidade de vida do povo. “Manter esta mobilização mostra que os trabalhadores não se conformam e querem disputar espaços para avançar em suas conquistas sociais que devem contemplar toda a classe trabalhadora”.

“Foi uma marcha extremamente positiva, principalmente pelo momento que estamos vivendo em nosso país e em nosso Estado, de luta pela ascensão do movimento social”, avaliou o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor.

O governador Tarso Genro recebeu, no Palácio Piratini, um documento com as principais reivindicações dos integrantes da Marcha dos Sem. Logo após, o mesmo documento foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde (PT) no Palácio Farroupilha. "Foram encontros positivos, principalmente com o governador. O Estado tem que ser indutor do processo de desenvolvimento econômico, mas também instrumento indutor da distribuição da renda. Nós queremos que o trabalhador também seja valorizado. E isso só ocorrerá com a valorização do salário, do Piso Mínimo Regional e do cumprimento do piso dos professores. É significativo a Marcha dos Sem voltar a ser recebida no Palácio Piratini. E a gente observa, também, que o governo do Estado manifesta interesse em atender as reivindicações do movimento sindical e do conjunto do movimento social", analisou o presidente da CTB-RS.
A Marcha existe desde 2006, e tem como meta dialogar com a classe trabalhadora, reunindo diversos movimentos sociais no sentido de discutir questões ligadas as desigualdades de acesso e oportunidades, violência e miséria. A ação terminou no final da tarde de ontem, com um grande ato de encerramento. O evento teve a participação de integrantes dos movimentos Sem Terra, dos trabalhadores desempregados, CPERS, sindicatos e o público em geral.

Com informações do Correio do Povo
CTB/RS, por Emanuel Mattos
Fotos: Márcia Carvalho

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