quinta-feira, 29 de agosto de 2013

MPT irá investigar denúncias contra a Cotrijui

Por conta de denúncias feitas pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí ao Ministério Público do Trabalho, ocorreu na tarde desta quinta-feira (29) uma audiência neste órgão ministerial em Santo Ângelo entre a direção da cooperativa e diretores dos Sindicatos de trabalhadores de Ijuí, Dom Pedrito e Três Passos.

A audiência foi conduzida pelo Procurador do Trabalho Dr. Rodrigo Maffei. Representaram a Cotrijui o Vice-presidente Paulo Dari Schossler, os Diretores Gilmar Ribeiro Fragoso e João Edécio Graef. Lucas Kerpel de Souza representou o departamento jurídico da cooperativa.

Os comerciários de Dom Pedrito foram representados pelo Vice-presidente do Sindicato Ricardo Schluter da Silva, o Sindicato de Três Passos pelo seu Presidente Moacir Zagonel e o Sindicato de Ijuí pelo 1° Vice-presidente Paulo Braz Garcia, pelo Tesoureiro Guilherme Luiz Persich, pela Diretora Debora Vanessa Maas e pelo Asssesor jurídico da entidade, Dr. Luiz Carlos Vasconcellos. Esteve também presente Paulo Roberto Pacheco da Silva, pela Federação dos Trabalhadores no Comércio do RS. A Presidenta do Sindicato de Ijuí não esteve nesta reunião por estar em Brasília, representando a Fecosul em reunião com o Ministro do Trabalho e Emprego.

O objetivo da audiência foi o de avaliar a denúncia de irregularidades encaminhada pelo Sindicato dos trabalhadores com relação ao pagamento de verbas rescisórias em juízo. A cooperativa está demitindo trabalhadores, depositando apenas 30% das direitos rescisórios do trabalhador e buscando pagar o restante em 6 parcelas, via judicial.

O Diretor da cooperativa, Gilmar Fragoso, reconheceu que a empresa tem realizado as demissões dentro desta condição e justificou dizendo que o procedimento é necessário por causa da liminar conseguida pelo Sindicato determinando que a cooperativa pagasse a folha, pela situação financeira da empresa e que há a necessidade de demissões e de uma reestruturação do quadro funcional. Segundo ele, não há mais atraso no pagamento de salários, cumprindo a determinação judicial, porém não há perspectiva de regularizar o pagamento de rescisões e que este procedimento ocorre para valores acima de R$ 10 mil.

O Assessor Jurídico dos Comerciários de Ijuí, Dr. Luis Carlos Vasconcelos, afirmou que há muitas rescisões feitas nesta modalidade inclusive com valores mais baixos e que só em agosto foram 11. “Além disso, os empregados não aceitam o acordo de pagamento em parcelas e estão entrando na justiça”.

O Procurador do Trabalho quis saber da Direção da cooperativa qual a perspectiva para normalizar pagamento das rescisões, quando seria concluído o processo de demissões e qual o parâmetro utilizado pela empresa para o pagamento do passivo rescisório. De forma vaga, a Direção da empresa respondeu que não tem perspectiva de regularização de caixa e de que pretende fazer paulatinamente a reestruturação de pessoal para não falhar com os pagamentos. Segundo os Diretores é preciso adequar este quadro sob risco de sucumbir.

Débora Maas, Diretora do Sindicato de Ijuí, relatou ao Procurador do Trabalho que é funcionária da cooperativa, cedida ao Sindicato e que acompanha o dia a dia da empresa. “Se estão demitindo para reestruturar o quadro, porque há também um grande número de contratações, inclusive para as funções onde estão ocorrendo as demissões?”

Gilmar Fragoso negou que as contratações sejam para as mesmas funções e disse que há remanejamentos, mas reconheceu que existam contratações para cargos de confiança, como gerentes das unidades e que isto faz parte do processo de reestruturação.

“O que está acontecendo na prática é que alguns funcionários não aceitam a troca de função e então a empresa está aplicando um castigo que é a demissão e o não pagamento da rescisão”, disse Paulo Pacheco, da Fecosul.

Em ata, o Procurador do Trabalho relatou que se confirma a denúncia do Sindicato quanto ao procedimento utilizado pela empresa e decidiu requisitar vasta documentação à cooperativa, incluindo os Termos de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRTC's) e os Avisos Prévios firmados desde julho, para proceder investigação sobre a legalidade do procedimento. “Quero adiantar que entendo que o procedimento e ilegal”, disse o Procurador.

Trabalhadores demitidos do mercado do centro também foram prejudicados

Aproveitando está audiência, os Diretores do Sindicato encaminharam também a denúncia feita por trabalhadores demitidos no supermercado do centro, que fechou esta semana. Débora Maas relatou ao Procurador que os trabalhadores foram comunicados na quarta-feira (28) que seriam remanejados para o supermercado da sede ou demitidos. Os demitidos receberam seus avisos prévios indenizados e uma parcela dos trabalhadores que seriam remanejados não aceitam a transferência de local de trabalho e preferiram ser demitidos.

“Só que estes trabalhadores que não aceitaram a mudança de local de trabalho, receberam o aviso prévio trabalhado, diferentemente daqueles inicialmente demitidos e a cooperativa usou uma regra de proporcionalidade que aumentou o tempo de cumprimento do aviso prévio. Para alguns trabalhadores chegou a 48 dias. A proporcionalidade do aviso prévio existe para beneficiar o trabalhador e não o empregador e nós não vamos aceitar este procedimento que inclusive não tem amparo legal. Estes trabalhadores e trabalhadoras foram demitidos de forma discriminatória”, argumentou Débora Maas.

Gilmar Fragoso alegou que os mercados são administrados pela Redecoop e que por isso desconhece a situação e que precisaria buscar informações sobre a questão. “A cooperativa é sócia da Redecoop e administra conjuntamente os mercados. Além disso o departamento de recursos humanos é o mesmo para as duas empresas. É estranho que sob este discurso de gestão e de reestruturação vocês não saibam destas questões. Não dá para administrar a realidade sem saber o que acontece”, comentou Paulo Pacheco, da Federação.

Novamente para este caso o Procurador do Trabalho solicitou, num prazo de cinco dias, cópia de todos os TRTC's e avisos prévios firmados para verificar e analisar o procedimento da cooperativa. Além disso, a empresa deverá esclarecer quais os critérios utilizados para as diversas formas de avisos noticiados. Gilmar Fragoso adiantou que a cooperativa vai analisar a questão, mas que se isto ocorre, deverá reverter a decisão e encaminhar todas as demissões de maneira uniforme, com os avisos indenizados.

Conduta antisindical e inédita na historia da Cotrijui

A Direção dos Comerciários levou ainda ao MPT a denúncia da recente demissão de um dirigente sindical. “Tentamos o diálogo para reintegrar este dirigente e denunciar a prática antisindical mas não obtivemos resposta da Direção. Não concordamos com a demissão. Sempre tivemos boas relações com as Direções da cooperativa e esta é a primeira vez que isto acontece na história”, explicou Débora Maas.

“Entendemos que este é um problema pequeno. Queremos reverter esta situação de forma amigável porque temos a convicção de que este dirigente tem estabilidade e não queremos que lá adiante uma ação judicial neste caso apresente um passivo ainda maior para a cooperativa”, comentou o Assessor Jurídico do Sindicato, Luiz Carlos Vasconcellos.

O Procurador do Trabalho interpelou a direção da Cotrijui para a possibilidade de diálogo sobre esta questão. A cooperativa aceitou abrir negociação para a reintegração do Dirigente Sindical e no prazo de dez dias o Sindicato deve comunicar o MPT sobre o desfecho. Independentemente disso, o MPT fará investigação para apurar se houve conduta antisindical.

“Saímos satisfeitos desta reunião porque conseguimos expor as dificuldades que os trabalhadores e trabalhadoras estão enfrentando e também conseguimos reverter algumas situações. Mas seguiremos assessorando os trabalhadores na busca de seus direitos”, disse o Dr. Luiz Carlos Vasconcelos.

“Estamos otimistas e esperamos reverter as situações que denunciamos ao MPT. Queremos manter um bom nível de diálogo com a Cotrijui porque buscamos também ainda ser recebidos pela direção da empresa para negociar o dissídio deste ano”, concluiu Débora Maas.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Nesta sexta-feira, trabalhadores voltam as ruas pela continuidade da luta

Mobilização do dia 11 de julho reuniu 3 mil trabalhadores nas ruas de Ijuí
Diversas entidades Sindicais e categorias de trabalhadores de Ijuí e região retornam as ruas em mobilização nesta sexta-feira (30) em mais uma atividade de pressão juntos aos governos e ao Congresso Nacional para que a pauta dos trabalhadores seja encaminhada e votada no congresso. A pauta mais urgente neste momento é barrar o PL 4330, que permite a terceirização de qualquer posto de trabalho nas empresas e que irá a votação no próximo dia 3 de setembro.

Além de barrar o projeto de terceirização e de precarização dos direitos, as entidades retomam a luta pela jornada de trabalho de 40 horas semanais sem redução de salários; fim do fator previdenciário; 10% do pib para a educação; 10% do orçamento da união para a saúde; transporte público e de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária; reforma política e democratização das comunicações.

Uma reunião na tarde desta terça-feira (27) entre os organizadores, fechou os últimos detalhes. Desta vez o ato reunirá também Sindicatos e entidades de outras cidades da região. A expectativa e de novamente parar a cidade, como aconteceu na mobilização do dia 11 de julho, além de que, se espera a ampliação da participação de entidades, sindicatos, dos estudantes e da sociedade.

A partir desta quarta-feira, um panfleto passará a ser distribuído convocando os trabalhadores para o ato, que ocorrerá na manhã desta sexta, com concentração a partir das 9 horas na Praça da República. A adesão de professores, funcionários e alunos das escolas municipais, estaduais e privadas deve parar a rede de ensino. Os funcionários públicos municipais de Ijuí farão Assembleia no mesmo dia, em sua sede. Além do ato na Praça da República, uma caminhada percorrerá o centro da cidade, parando em frente a pontos pré-selecionados pelos organizadores, que prometem uma manifestação com muito barulho, mas novamente com muita organização e respeito.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Comerciárias de Ijuí participam do 3º Congresso Nacional da CTB


O 3º Congresso Nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) encerrou-se neste sábado (24), em São Paulo, com a eleição da nova direção. Adilson Araújo, bancário da Bahia, foi eleito o novo presidente. O Congresso teve a participação de 1.258 delegados e delegadas dos 27 estados brasileiros, sendo 67,09% homens e mulheres 32,91%. Entre a representação feminina dos delegados, duas comerciárias ijuienses. A Vereadora e Presidenta do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí Rosane Simon e a Diretora da Entidade, Débora Maas.

O congresso teve como tema central “Avançar nas mudanças com valorização do trabalho”. No seu discurso de posse, Adilson Araújo destacou algumas de suas propostas como ampliar a rede de comunicação e, no plano da organização, constituir uma central de apoio e logística para as entidades sindicais. "Tenham certeza de que vocês não elegeram um técnico, mas um trabalhador destemido, dedicado e comprometido com a causa da classe trabalhadora", afirmou, para em seguida sustentar sua disposição para aproximar cada vez mais dentro da CTB o sindicalismo do campo e da cidade.

Araújo iniciou sua militância sindical e política no final dos anos 80. Ele participou da fundação da CTB em dezembro de 2007 e, na esfera institucional, foi também presidente do Conselho Estadual de Trabalho e Renda da Bahia (CETER-BA), representando a bancada dos trabalhadores. O dirigente assume a presidência da CTB nacional em um momento de consolidação da Central, dentro de uma perspectiva de crescimento que deve colocá-la, a médio prazo, entre as três maiores entidades do país.

Dep. Federal Assis Melo (Ex-presidente
dos Metalúrgicos de Caxias), com Débora
Maas e Rosane Simon (Ambas a direita)
Para Débora Maas, que faz parte da direção estadual da entidade, o Congresso é momento de reforçar a estratégia de luta. “Os debates são esclarecedores e nos possibilitam um contanto mais aprofundado com a conjuntura e também uma leitura em relação ao momento político. Saímos com a convicção de que precisamos ampliar nossa união neste dado momento, buscando pressionar o governo a atender a pauta dos trabalhadores”. Débora destacou também a interação com outras realidades. “Aqui temos contato com pessoas de todas as regiões do Brasil e também com trabalhadores das mais diversas categorias, o que nos permite ampliar nosso conhecimento destas realidades e também ampliar os laços de cooperação e de luta”.

A Vereadora e Presidenta do Sindicato dos Comerciários de Ijuí destacou a representatividade que a CTB alcançou nestes poucos anos de existência. “Foram debates muito ricos centrados no projeto de avançar nas reformas e que contaram com a presença de representantes das todas as centrais sindicais, de partidos de esquerda e também de representantes dos Governo Federal e da cidade de São Paulo, o que demonstra o respeito que a CTB construiu como uma central classista e de luta”. Para Rosane Simon os trabalhadores e as trabalhadoras, da cidade e do campo, são o centro impulsionador das reformas que o país precisa. “Nosso congresso mostrou a unidade do nosso projeto entre as diversas categorias e sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, além de diversas forças políticas no entendimento de que somos a força que pode efetivamente pressionar o governo para que ocorram as mudanças e o país avance nas reformas que trarão mais dignidade e qualidade de vida para o nosso povo”, concluiu.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Sindicatos preparam dia de mobilização e paralisação para 30 de agosto

Para reivindicar o fim do fator previdenciário, jornada de trabalho de 40 horas sem redução salarial, o fim do Projeto de Lei 4330/04 (amplia a terceirização), entre outras demandas, as centrais sindicais vão sair às ruas no próximo 30 de agosto, data em que será realizado o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, a exemplo do ato ocorrido no dia 11 de julho passado.

As centrais sindicais estão reforçando a convocação para o dia de protestos. Em Ijuí, as entidades sindicais da região já se mobilizam para repetir o sucesso do ato realizado em 11 de julho. Estiveram presentes nesta reunião de preparação o Sindicato dos Professores Municipais de Jóia, Sindicato dos Municipários de Jóia, Cpers, Apmi, Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga, Sinteep, Sindiáguas, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ijuí e o Sinpro. Bancários, metalúrgicos e trabalhadores rurais e entidades estudantis também devem participar das manifestações.


Para os Sindicalistas, voltar às ruas é necessário porque a pauta dos trabalhadores não avançou. Os dirigentes das centrais sindicais estão preocupados porque, ao contrário de atender a pauta dos trabalhadores, tanto o Governo Federal quando o Congresso Nacional têm dado preferência à votação de emendas propostas pelo empresariado, como é o caso do Projeto de Lei 4330 – que amplia as terceirizações e diminui os diretos dos trabalhadores vigentes há 70 anos, quando foi criada a CLT.

Uma nova reunião ocorrerá na próxima semana em que só Sindicatos definiram a agenda das ações para o dia 30. Há o indicativo de que se amplie as paralisações em todas as categorias e de que também os cidadãos e os movimentos sociais venham aderir ao ato.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Comerciários recebem homenagem do Legislativo Ijuiense

Diretores receberam homenagem de todas as bancadas
A convite de todas as bancadas, Diretores do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí foram homenageados pelo Legislativo Ijuiense nesta segunda-feira. O motivo da homenagem foi o aniversários de 76 anos da entidade, comemorado no últim dia 22 de julho. Estiveram presentes à homenagem a Presidenta e Vereadora Rosane Simon, o Tesoureiro Guilherme Persich, o Assessor Jurídico Luiz Carlos Vasconcellos e os Diretores Ari Bauer, Débora Mass, Ione Sperling e Ivo Frantz.

A Presidenta e Vereadora Rosane Simon
Rosane Simon representou os comerciários na tribuna e em sua fala fez um resgate da história do Sindicato em Ijuí, lembrando que os comerciários fazem a luta na categoria mas também são combativos na luta geral de todos os trabalhadores. “A relação entre o capital e o trabalho é desigual. Só com união conseguiremos avançar. O Sindicato é uma ferramenta de luta dos trabalhadores neste sentido. De nada adianta termos uma diretoria combativa se não temos uma categoria que venha junto conosco e por isso nossa luta é também por ampliar e renovar nossa base de associados que, atuando numa entidade de classe, torna a nossa força muito maior”

Em seguida, Rosane Simon leu mensagens da FECOSUL e da CTB.

“A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços Do Rs(FECOSUL), vem pelo presente, parabenizar a direção desta entidade pela passagem de seus 76 anos de fundação. Queremos exaltar esta entidade por seu protagonismo na luta em defesa dos direitos dos comerciários e das bandeiras gerais da classe trabalhadora. Parabéns à esta categoria, que conta com um sindicato aguerrido e comprometido com as lutas de nosso tempo”, foi a mensagem encaminhada pelo Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/RS) e da FECOSUL, Guiomar Vidor.

Rogério Reis, Presidente do Sindicato dos Comerciários de Santa Maria e 1° Vice-presidente da FECOSUL saudou o legislativo ijuiense pela homenagem. “Neste ato em homenagem ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí pela passagem de mais um ano de brava historia de luta, parabenizamos esta casa por essa digna e justa homenagem a essa entidade de classe que muito orgulha a categoria comerciária pela sua luta diária e incessante por melhores condições de trabalho e melhor qualidade de vida a essa classe de trabalhadores e trabalhadoras. Parabéns a toda a sua diretoria. É um orgulho muito grande compartilhar essa luta com companheiros atuantes e perseverantes na defesa incondicional da categoria comerciária”.

Diretora Débora Mass
Segundo Rosane Simon, há cerca de 30% de renovação nas eleições para a diretoria do Sindicato e jovens Sindicalistas estão surgindo. Débora Mass que também ocupou a tribuna da Câmara, é uma das Diretoras eleita recentemente. “Com muita alegria e satisfação a Diretoria, associados e os funcionários do Sindicato recebemos esta homenagem. Neste momento, representando os novos Diretores, quero saudar na pessoa do Senhor Guilherme Persich e do nosso Assessor Jurídico, Doutor Vasconcellos, a experiência de luta da nossa entidade, baseada em pessoas comprometidas e que tem muita experiência, nos servindo de exemplo e nos ensinando os caminhos para continuar este trabalho”.

Ass. Jurídico Luiz Carlos Vasconcellos
O próximo a falar foi o Doutor Luiz Carlos Vasconcellos, Assessor Jurídico da entidade. “É uma honra muito grande estar presente nesta casa. Nos emociona esta homenagem e o reconhecimento. Se vocês aqui, legislando, muitas vezes são incompreendidos na luta diária nós também muitas vezes não temos nossos esforços reconhecidos pelos trabalhadores, mas a longa jornada e a vitalidade da nossa entidade nos mostra que estamos firmes. Cumprimento esta Diretoria e os comerciários pela homenagem”.

Em seguida o Presidente da casa, Vereador Marildo Krombauer, abriu espaço para manifestação das bancadas.

Ver. Ricardo Adamy (PMDB)
Vereador Ricardo Adamy (PMDB)
“Vejo aqui amigos que conheço de longa data. Acompanho o trabalho e sei do empenho que este Sindicato sempre teve e como bem disse a Débora, uma Direção que tem muita experiência de trabalho. Sei como é difícil estar a frente disso e sabemos do esforço de todos. Parabéns e obrigado pela presença”.

Ver. Rosana Tenroller (PT)
Vereadora Rosana Tenroller (PT)
“Quero saudar toda a diretoria. É uma alegria recebe-los aqui e dar-lhes nossa saudação em nome da bancada do PT, por esta trajetória de luta em defesa dos trabalhadores do comércio. É um momento eu que nos lembramos de todas as lutas históricas dos trabalhadores pela democracia e os comerciários sempre cumpriram esse papel, sendo um dos mais atuantes na defesa dos trabalhadores urbanos. Parabéns por essa luta”.

Ver. Marcos Barriquello (PDT)

Vereador Marcos Barriquello (PDT)
“Quero saudar a todos vocês que recebem esta justa homenagem. O Sindicato dos Comerciários é uma entidade que no decorrer destes 76 anos muito bem desempenha seu papel na defesa dos trabalhadores do comércio. Não é por acaso que a nossa colega Rosane Simon vem exercendo essa presidência. Nós sabemos das dificuldades que esta equipe enfrenta e tenho a convicção de que este grupo tem muita serenidade no seu trabalho. Na minha área de atuação, a área contábil, sabemos que sem o Sindicato muitos trabalhadores não teriam seus direitos garantidos. Uma justa homenagem pela luta por todos os trabalhadores. Vida longa para os comerciários para que continuem fazendo este bom trabalho”.

Ver. César Busnello (PSB)
Vereador César Busnello (PSB)
“Tive minha primeira experiência como advogado junto a este Sindicato e junto ao Doutor Vasconcelos. Saí dali com uma boa lembrança e principalmente levando o exemplo de seriedade e de transparência que esta entidade tem até hoje. Todos sabemos da luta dos trabalhadores por ampliar conquistas na Carta Cidadã de  1988 e os comerciários também tiveram um importante papel para consolidação destes direitos e fizeram parte desta luta que agora tem outro perfil porque também incorpora a luta para que estes direitos não sejam retirados. Parabenizados a todos pela data. Que esta luta continue com os trabalhadores se unindo e se organizando para manter as suas conquistas”.

Após a fala das bancadas, Rosane Simon voltou a tribuna, realizando seu agradecimento pelo ato. “Agradeço as bancadas e a esta Casa Legislativa que propôs esta homenagem ao nosso Sindicato. Como colega e como Presidenta desta entidade quero dizer que tenho muito orgulho de ser membro deste Legislativo porque aqui também fizemos muitas ações para contribuir com melhores condições de vida para os cidadãos e para os trabalhadores e trabalhadoras”, concluiu.

Por fim, a Direção recebeu das bancadas uma placa comemorativa.

Denuncia de perseguição a trabalhadores na Cotrijui

Na manhã desta terça-feira (20) a direção do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí recebeu denúncias de trabalhadores do mercado da Cotrijui no centro. A Presidenta Rosane Simon, acompanhada de comerciários foi verificar a situação e conversou com os trabalhadores da cooperativa.

“Os trabalhadores que nos confirmam as informações que nós já estávamos averiguando com relação ao tratamento que eles estão recebendo desta direção. Há uma situação que se encontra no limite do tolerável”, disse Rosane Simon.

É evidente segundo os trabalhadores, a falta de mercadorias nas prateleiras do mercado do centro e os boatos de uma possível venda desta loja assustam os trabalhadores. “Estamos no limite na medida em que as constantes demissões estão sobrecarregando os trabalhadores que ficam”, disse uma trabalhadora. Ela relatou que na padaria, por exemplo, apenas dois padeiros estão com a responsabilidade de abastecer o mercado.

“Percebemos certo abandono e falta de mercadorias. Os trabalhadores e trabalhadoras tem que se virar para realizarem as suas tarefas mais comuns. Há desmotivação na medida em que os funcionários da cooperativa estão em vários postos trabalhando por dois e não recebem orientações adequadas sobre o trabalho e a situação da empresa, que também diz respeito a eles. Os mercados hoje são um barco sem leme”, frisou a Presidenta do Sindicato.

Rosane disse que os boatos de que o mercado seja vendido causam muita insegurança aos trabalhadores que percebem também que as demissões estão ocorrendo de forma indiscriminada. “Já estamos há muito tempo tentando dialogar com a Direção da empresa que não nos recebe, nos encaminhando sempre a diferentes assessorias que nada resolvem. Além da negociação do dissídio, há situação de demissão de diretores do Sindicato com estabilidade de emprego e problemas de assedio moral inclusive sobre uma trabalhadora especial que foi agredida verbalmente e humilhada pelo gerente”, explicou.

A Sindicalista relatou que funcionários com 25, 30 anos de trabalho na cooperativa são demitidos e a empresa, inexplicavelmente, deposita em juízo, apenas 30% dos valores rescisórios a que o trabalhador tem direto e que a cooperativa orienta estes trabalhadores a buscar o restante na justiça. “A atual direção provoca uma arbitrariedade sem limites quando obriga o trabalhador a uma ação rescisória judicial, independentemente da vontade deste trabalhador. Os direitos que eles estão negando a estes trabalhadores são direitos conquistados e trabalhados, direitos já adquiridos e que não lhes podem ser negados. A prerrogativa de buscar a justiça e do trabalhador e não do empregador”, frisou.

A assessoria jurídica do Sindicato e a direção já relataram esta situação ao Ministério Público do Trabalho e à Justiça do Trabalho. Uma reunião no MPT ocorrerá na próxima semana para tratar destas questões.

 Rosane Simon defende uma nova mobilização da sociedade. “Esta cooperativa é nossa, de todos os cidadãos da nossa região e vive esta situação constrangedora”. Ela expressa indignação com o fato de que vários seguranças armados trabalham dentro da cooperativa, junto aos funcionários e associados, “algo que nunca havíamos visto nesta empresa”. “Buscamos pacientemente o diálogo com esta direção, de assessoria em assessoria, sem obtermos nenhuma resposta objetiva para resolver todas estas situações que relatamos e que se agravam dia após dia. Esta direção está rompendo com as possibilidades de interlocução com o Sindicato e por isso vamos, a partir deste momento, achar outros meios de resguardar o direito dos trabalhadores e também de contribuir para que a Cotrijui supere toda esta situação financeira, num espírito de cooperativa,  colaboração e de diálogo”, concluiu.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Assembleia rejeita propostas do Sindilojas e Cotrijui

Os trabalhadores e trabalhadoras do comércio, reunidos em assembléia na noite desta quarta-feira (14) em Ijuí, rejeitaram a proposta de dissídio salarial encaminhada pelo Sindilojas. Quatro reuniões de negociação já foram realizadas.

A proposta patronal era de R$ 815,00 para o piso salarial e de 7% de aumento para os demais salários. A inflação do período foi de 5,89%. O percentual de reajuste do piso para o valor de R$ 815,00 é de 9,39%.

"Há um evidente arrocho salarial em curso no setor. Se por um lado a política de reajustes do mínimo regional tem garantido a mínima valorização do piso da categoria, observamos nos últimos anos um achatamento dos salários que estão acima do piso e o resultado disso é que a diferença entre o piso e os demais salários esta diminuindo", explica a Presidenta do Sindicato Rosane Simon.

Salário Mínimo Regional valorizado e reajustes
patronais que só cobrem a inflação
Para comprovar esta questão basta analisar os dados que realizam uma comparação entre os índices de reajuste do piso e dos demais salários, na tabela ao lado.

"No período analisado o reajuste do piso foi de 39,86%, no entanto os demais salários tiveram um reajuste de 28%. A diferença é de 11,86%. Estes números demonstram claramente como o trabalho no comercio é desvalorizado pela classe patronal", afirma Rosane Simon.

Por fim a assembléia decidiu rejeitar a proposta do Sindilojas. Ainda hoje, uma contraproposta dos trabalhadores será protocolada no Sindicato Patronal. "É uma briga muito grande reajustar nossos salários acima da inflação e como pudemos comprovar os reajustes que foram dados nos últimos anos arrocham e aproximam os salários do piso da categoria", afirma a Presidenta do Sindicato.

A proposta aprovada em assembleia pelos trabalhadores e trabalhadoras do comércio e de R$ 830,00 para o piso e de  8% de aumento para os demais salários, além do vale alimentação para a categoria.

Proposta da Cotrijui também é rejeitada
Com a Cotrijui as negociações estão mais avançadas mas ainda há a necessidade de superar alguns impasses. Rosane Simon explica que a proposta do piso de R$ 840,00 foi aceita, mas o reajuste de 7% retroagindo a maio foi desconsiderada.

Os trabalhadores buscam um reajuste de 7% retroativo a março, mais 1% em outubro. Caso a cooperativa insista de que o reajuste seja retroativo a maio, a proposta é de que haja mais 1 % em setembro e mais 1% em outubro.

"Já conversamos com a cooperativa e achamos que será possível um acordo. Se não conseguirmos avançar teremos que buscar efetivar estes índices nas negociações com a Ocergs que valerão também para a Cotrijui", concluiu Rosane Simon.