sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Assembleia rejeita propostas do Sindilojas e Cotrijui

Os trabalhadores e trabalhadoras do comércio, reunidos em assembléia na noite desta quarta-feira (14) em Ijuí, rejeitaram a proposta de dissídio salarial encaminhada pelo Sindilojas. Quatro reuniões de negociação já foram realizadas.

A proposta patronal era de R$ 815,00 para o piso salarial e de 7% de aumento para os demais salários. A inflação do período foi de 5,89%. O percentual de reajuste do piso para o valor de R$ 815,00 é de 9,39%.

"Há um evidente arrocho salarial em curso no setor. Se por um lado a política de reajustes do mínimo regional tem garantido a mínima valorização do piso da categoria, observamos nos últimos anos um achatamento dos salários que estão acima do piso e o resultado disso é que a diferença entre o piso e os demais salários esta diminuindo", explica a Presidenta do Sindicato Rosane Simon.

Salário Mínimo Regional valorizado e reajustes
patronais que só cobrem a inflação
Para comprovar esta questão basta analisar os dados que realizam uma comparação entre os índices de reajuste do piso e dos demais salários, na tabela ao lado.

"No período analisado o reajuste do piso foi de 39,86%, no entanto os demais salários tiveram um reajuste de 28%. A diferença é de 11,86%. Estes números demonstram claramente como o trabalho no comercio é desvalorizado pela classe patronal", afirma Rosane Simon.

Por fim a assembléia decidiu rejeitar a proposta do Sindilojas. Ainda hoje, uma contraproposta dos trabalhadores será protocolada no Sindicato Patronal. "É uma briga muito grande reajustar nossos salários acima da inflação e como pudemos comprovar os reajustes que foram dados nos últimos anos arrocham e aproximam os salários do piso da categoria", afirma a Presidenta do Sindicato.

A proposta aprovada em assembleia pelos trabalhadores e trabalhadoras do comércio e de R$ 830,00 para o piso e de  8% de aumento para os demais salários, além do vale alimentação para a categoria.

Proposta da Cotrijui também é rejeitada
Com a Cotrijui as negociações estão mais avançadas mas ainda há a necessidade de superar alguns impasses. Rosane Simon explica que a proposta do piso de R$ 840,00 foi aceita, mas o reajuste de 7% retroagindo a maio foi desconsiderada.

Os trabalhadores buscam um reajuste de 7% retroativo a março, mais 1% em outubro. Caso a cooperativa insista de que o reajuste seja retroativo a maio, a proposta é de que haja mais 1 % em setembro e mais 1% em outubro.

"Já conversamos com a cooperativa e achamos que será possível um acordo. Se não conseguirmos avançar teremos que buscar efetivar estes índices nas negociações com a Ocergs que valerão também para a Cotrijui", concluiu Rosane Simon.

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