segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Comerciários e redes seguem negociação sobre horário do comércio

O Sindicato dos Empregados do Comercio de Ijuí e os representantes das principais redes de moveis e eletro da cidade fecharam novo acordo sobre o horário de funcionamento das lojas neste período de festas.

Na semana passado o Sindicato dos empregados no comércio e os principais representantes do setor supermercadista da cidade, acordaram que os mercados fecharão nos dia 24 e 31 de dezembro as 18 horas. Os trabalhadores deste setor realizavam a sua jornada de trabalho nestas datas das 8 às 22 horas.

Nesta semana foi a vez das lojas de móveis e eletro. O acordo estabelece o fechamento das lojas no dia 31 de dezembro, véspera de ano novo. Pela lei municipal as lojas poderiam abrir até o meio-dia. “Ficamos felizes com estas negociações. Os trabalhadores do comercio podem desfrutar de mais tempo com seus familiares neste período de festas. Tentamos incluir o fechamento do dia 31/12 também no acordo com o Sindilojas para todos os comerciários, porém nao foi possivel.  Os acordos obtidos com os mercados e as lojas de redes de eletro e móveis só foram possíveis porque houve o interesse também das empresas", conclui Rosane Simon, presidente do Sindicato em Ijuí.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Acordo com mercados para horário de natal e ano novo

Em reunião realizada nesta semana entre o Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí e os principais representantes do setor supermercadista da cidade, foi realizado acordo para o funcionamento dos mercados nos dias 24 e 31 de dezembro.

Os trabalhadores deste setor realizavam a sua jornada de trabalho nestas datas das 8 às 22 horas. Pelo acordo, os mercados fecharam nos dia 24 e 31 de dezembro as 18 horas. “Consideramos um acordo importante para que os trabalhadores deste setor tenham oportunidade de desfrutar deste período de festas com a família”, disse a presidente do Sindicato, Rosane Simon.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sindicatos fecham acordo sobre horário de natal

Após o fechamento do dissídio salarial dos comerciários, referente ao ano de 2012, o Sindicato do Comercio Varejista de Ijuí (SINDILOJAS) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí assinaram na manhã desta terça-feira a convenção coletiva de trabalho especial referente ao horário de funcionamento do comércio no período de natal, final de ano e carnaval.

O comércio estará fechado no domingo 16/12 e no feriado de natal, 25/12. Nos demais dias, funcionará em horários diferenciados, conforme a tabela:

Datas/Dez
Dia da semana
Horário de Funcionamento

12
Quarta-feira
8:00 às 20:00
13
Quinta-feira
8:00 às 20:00
14
Sexta-feira
8:00 às 22:00
15
Sábado
8:00 às 18:00
16
Domingo
FECHADO
17
Segunda-feira
8:00 às 22:00
18
Terça-feira
8:00 às 22:00
19
Quarta-feira
8:00 às 22:00
20
Quinta-feira
8:00 às 22:00
21
Sexta-feira
8:00 às 22:00
22
Sábado
8:00 às 18:00
23
Domingo
17:00 às 22:00
24
Segunda-feira
8:00 às 16:00
25
Terça-feira
FECHADO

No período entre o natal e o final de ano, entre os dias 26 e 29 de dezembro (quarta à sábado) o comércio abrirá normalmente, no horário habitual praticado por cada lojista durante o ano. No domingo dia 30 estará fechado e no dia 31 abrirá das 8:00 ao meio-dia.

Pela convenção ficou estabelecido que a terça-feira de carnaval, dia 12 de fevereiro será ponto facultativo, cabendo a cada empresa a decisão de abrir ou não.

A integra do acordo pode ser acessada aqui.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fechado dissídio do comércio em Ijuí

Rosane Simon e Bruno Hass
Em reunião na manhã desta sexta-feira (16), o presidente do SINDILOJAS, Bruno Hass e a presidenta do Sindicato dos Comerciários, Rosane Simon, anunciaram o acordo do dissídio da categoria para o ano de 2012. As entidades emitiram uma nota conjunta à imprensa com os termos do acordo.

O acordo estabelece o piso da categoria em R$ 745,00, retroativo a data base de maio até fevereiro de 2013. O piso para office-boy, empacotadores e trabalhadores em serviços de limpeza ficou em R$ 660,00. Para o trabalhadores que recebem acima do piso o índice de reajuste será de 6,60%.

As diferenças retroativas serão pagas com o salário do mês de dezembro de 2012, em janeiro. Os trabalhadores receberão também neste prazo, o auxílio estudante.

“Tivemos uma negociação longa mas de alto nível entre as partes, como tem sido nos últimos anos. Novamente chegamos a pontos de convergência para ambas as categorias”, disse o presidente do SINDILOJAS, Bruno Hass.

“Este acordo representa o acúmulo de forças da categoria p/esse ano, apesar de ainda estar aquém do que a categoria merece”, disse a presidenta do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, Rosane Simon. Rosane salientou o índice percentual de reajuste para o piso básico, de 11,19% e a inclusão no acordo de cláusulas socias que também melhoram as condições de trabalho da categoria, como o auxilio escolar de R$372,50 para o sócio que estuda ou possui dependente estudando, a estabilidade gestante de 90 dias pós retorno previdenciário e a estabilidade de um mês no retorno das férias. “Queremos sempre mais qualidade de vida e isto é um salário mais digno para a categoria. Mas também lutamos para dar mais qualidade na relação de trabalho do comerciário e neste sentido,  avançamos no conjunto”, complementou.

Na próxima terça-feira (20), os presidentes voltam a se encontrar, agora para acordar o horário de natal.

Comerciários de Ijuí participam de Formação sindical em Caxias


Juarez de Oliveira e Débora Maas
Cerca de 40 pessoas, de vários sindicatos do Estado, participaram do curso de formação sindical da Fecosul, que aconteceu dias 12 e 13/11, em Caxias do Sul. O curso foi promovido pela CNTC em parceria do CES (Centro de Estudos Sindicais). Dois representantes do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, Débora Maas e Juarez de Oliveira, estiveram presentes.

Diversos temas foram debatidos. O professor Renato Bastos, falou sobre o Sindicalismo Latino-americano e explicou a evolução do movimento sindical e a construção das sociedades em diferentes países da América Latina. Especialista em história, o professor também falou do processo da industrialização na região, a influência do sindicalismo europeu e como o capitalismo trabalhou o movimento sindical em alguns países do leste da Europa para neutralizar o avanço dos trabalhadores. “Hoje a diferença entre as classes é menor e a qualidade de vida é melhor porque a burguesia concedeu benefícios para não perder o poder para os trabalhadores em alguns países”, completou Bastos.

A professora Celina Arêas, falou sobre o Projeto de Desenvolvimento Nacional e os Desafios do Sindicalismo, tratando da Valorização do Trabalho e Distribuição de Renda. “O CES defende o sindicalismo classista que propõe as lutas econômica, política e ideológica. Isto com autonomia de governo, partidos políticos e patrões”, enfatizou Celina. “Ter consciência classista é lutar por todos, e o mundo do trabalho muda e precisamos conhecer/estudar para transformar”, completou.

Celina apresentou vários pontos aprovados pelas centrais sindicais na Conclat (Conferência da Classe Trabalhadora), ocorrido em junho de 2010, que estão sendo tratados pelo movimento sindical e pelo governo. São questões que ainda precisam fazer parte das discussões e mobilizações do mundo sindical.

Grande defensora e lutadora da formação sindical, Celina diz ter certeza que a formação é uma alavanca para que os trabalhadores e as trabalhadoras pensem e repensem sua concepção a respeito do mundo do trabalho e da consciência de classe. “Se as entidades têm como estratégia o sindicalismo classista não tem como não priorizar a formação dos dirigentes e da categoria. A formação não pode ser pensada como cursos esporádicos, mas como proposta debatida e aprovada nas diretorias para a prática cotidiana”, considera.

A dirigente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais defende que cada encontro de diretoria dos sindicatos seja pautado com um assunto de formação. “Tudo é formação, e sindicalista que não se forma se deforma”, conclui Celina.



Sindicalista precisa de formação permanente
Augusto Petta, coordenador do CES (Centro de Estudos Sindicais), abordou os temas: Estado, Partido e Sindicato. Para ele, o movimento sindical fica num praticismo muito grande, respondendo demandas do jurídico, salário, e condições do trabalho. “Estas questões são fundamentais, mas é necessário que os sindicalistas passem por processo de formação permanente. Sindicalista tem que estudar, conhecer a realidade da política geral e sindical, conhecer a história do próprio movimento dos trabalhadores, cuja transformação é constante. É preciso saber fazer análise de conjuntura e saber a concepção do momento atual, discutir estado, partido e sindicato”, destacou.

“Ter compreensão teórica da realidade em que está inserido o sindicato e os trabalhadores, ter uma relação próxima entre teoria e prática ao mesmo tempo, e ainda ter planejamento estratégico, porque é necessário planejar. Se não houver planejamento, o sindicalista só vai responder as demandas do dia a dia, e é preciso planejar ações”, completa o professor do CES.

Disputar a juventude com o capitalismo e inserir os jovens no movimento sindical foi o debate ministrado pelo professor Paulo Vinícius da Silva, que é sociólogo e Secretário Nacional da Juventude da CTB. Ele falou que a importância da juventude nos sindicatos deve seguir três pilares:

Primeiro, entender a importância concreta da juventude na composição das categorias, como no caso do comércio em que 51% da categoria têm menos de 35 anos. “Dirigentes não podem ignorar sua base”, alerta.
Segundo, porque é uma geração bônus no Brasil, que não se repetirá. “A população vai envelhecer e os jovens atuais serão os próximos dirigentes. Então é preciso disputar os jovens e abrir espaços significativos dentro das entidades”, observa.
O outro pilar “é porque a juventude tem contribuições próprias e necessárias, inclusive para o empoderamento das mulheres, inclusão, e novas formas de comunicação”, completa Paulo Vinícius.

Assessoria de Imprensa Fecosul

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Previdência Social: Momento exige atenção

“O momento atual exige muita atenção dos trabalhadores”, explica Uriel Villas Boas, Secretário de Previdência Social da Fitmetal/CTB e Integrante da Secretaria de Previdência Social da CTB. “De um lado está o pessoal ainda empregado, o chamado pessoal da ativa, que depois de completar um determinado tempo de serviço pode requerer a aposentadoria. Para estes, os cálculos dos proventos vai usar o denominado Fator Previdenciário, que tem como objetivo maior obrigar o interessado há ficar mais tempo em atividade. Se não o fizer, terá um valor de aposentadoria reduzido. De outro lado está a fixação do percentual de reajuste dos proventos, que vigora à partir de janeiro de cada ano e que sofre reduções, com a utilização de critérios diferenciados para o aposentado que recebe até um salário-mínimo e para aqueles que percebem valores maiores, sendo estes últimos os grandes prejudicados”.

O fator previdenciário é a forma que os especialistas encontraram para diminuir, segundo alegam, os riscos de prejuízos ao sistema previdenciário. As reclamações são muitas e é uma situação que tem motivado muitas reivindicações do sindicalismo e dos trabalhadores. Apesar da discussão e de um projeto que tramita na Câmara dos Deputados pelo fim desta regra (e que recebe restrições dos organismos governamentais ligados à questão previdenciária), há a questão do reajuste das aposentadorias, também ligada à Previdência, que atinge milhões de trabalhadores já aposentados.

Para Uriel, ambas as situações demandam mobilização da sociedade. “As duas situações, ou seja, a questão do Fator Previdenciário e o reajuste da aposentadoria apresentam situações paradoxais. No caso do Fator, a mobilização é mais difícil, pois o futuro aposentado busca seu direito de forma individual. No caso do reajuste das aposentadorias, há toda uma coletividade atingida no mesmo momento. Os dois casos precisam da ação do movimento sindical e de trabalhadores aposentados e na ativa”, explica.

“Precisamos de mobilização e de muita pressão sobre os parlamentares do estado e também a participação de todas as entidades que representam aposentados e trabalhadores. Estamos pedindo a todos que de forma individual ou coletiva encaminhem mensagens aos nossos representantes para que o fim do fator seja votado neste mês”, disse a presidenta do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, Rosane Simon.

Uriel disse que os movimentos devem ter atenção. No caso do Fator Previdenciário, para que se busquem formas que sirvam para a sua extinção e se substituído, que estas não venham a criar mais problemas para a classe trabalhadora. No caso dos aposentados, que sejam adotados mecanismos que superem a rotina de ações pontuais e se promovam campanhas salariais a cada ano.

Centrais pressionam para que o fim do fator previdenciário seja votado
Nesta terça-feira (6/11), dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) e da Fecosul RS entregarão aos 31 deputados federais do Rio Grande do Sul, em Brasília, documento no qual reforçam a importância de ser votado o fim do fator previdenciário (PL 3.299/08). A matéria foi colocada em pauta pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, para ser discutida e votada entre os dias 20 e 22 deste mês.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB-RS) e da Fecosul RS, Guiomar Vidor, que lidera o movimento para sensibilizar os deputados federais gaúchos, critica a posição do governo. “Nos últimos anos, o governo implementou incentivos para o desenvolvimento econômico e desonerou os setores empresariais de vários tributos a fim de melhorar o desempenho da economia brasileira. Mas o governo também deve tomar medidas que beneficiem diretamente os trabalhadores. E não é isto que ocorre atualmente, tanto que agora tenta protelar essa votação”.

Guiomar Vidor acusa o governo de adotar um posicionamento retrógrado em relação aos trabalhadores. “O fim do fator previdenciário é uma das questões fundamentais para valorizarmos o trabalho. Hoje, é inadmissível que o trabalhador exerça suas atividades durante 35 anos, faça as devidas contribuições e se aposente com 60% a 70% do valor que ele contribuiu. A CTB-RS não concorda com isso e irá mobilizar todas as entidades filiadas para que seja votado o projeto que substitui o fator previdenciário”, finalizou.

Com informações da assessoria da CTB e da FECOSUL

Comerciários realizam assembleia nesta sexta-feira

Comerciários realizam assembleia nesta sexta-feira

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí realiza sua assembleia geral ordinária nesta sexta-feira (09), as 18:30 horas, no auditório da sede da entidade.

A presidente Rosane Simon esteve na capital esta semana e como 2ª vice-presidente da FECOSUL negociou acordo coletivo de trabalho com mercados, farmácias e revendas de bebidas. A provável votação do fim do fator previdenciário e o reajuste no piso regional do estado também foram debatidos pela sindicalista, em reunião da diretoria da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Na assembleia, além da atualização sobre as últimas negociações do dissídio da categoria, será apresentado o balanço financeiro e patrimonial da entidade e o orçamento para o próximo ano.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Assembleia Festiva comemorou dia dos comerciários



Uma grande assembleia no auditório do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí na noite de terça-feira, 30, comemorou o dia dos comerciários. O 30 de outubro passou a ser considerado o dia da categoria quando em 29 de outubro de 1932, comerciários aglomeraram-se no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, e marcharam em direção ao Palácio do Catete, com quase 5 mil pessoas, para exigir um trabalho mais digno e humanizado.

O presidente Getulio Vargas os recebeu e nesse mesmo dia assinou o Decreto Lei N° 4.042, de 29 de outubro de 1932, que acabava com a carga horária de 12 horas diárias, passando para 8 horas, e instituía o repouso semanal remunerado aos domingos. O decreto-lei foi publicado no Diário Oficial do dia 30 de outubro de 1932, e assim marcou a data como o Dia do Comerciário.

Dissídio ainda está em debate
Apesar do clima festivo, a assembleia foi marcada principalmente pela definição de ações da categoria em relação a negociação do reajuste salarial. “Não é sempre que conseguimos traduzir a importância da presença dos trabalhadores em nossas assembleias. Nossa luta é forte na proporção em que estivermos mais unidos e presentes e essa assembleia bonita serve também para nos lembrar da participação de todos nas nossas lutas do dia a dia”, disse a Presidenta do Sindicato, Rosane Simon, após saudar e parabenizar os presentes pela data. Como em todos os anos, a negociação com o SINDILOJAS em Ijuí é uma das mais difíceis da região. “A participação de vocês nos fortalece. Quando os empresários souberem que nós lotamos este espaço vão saber que a categoria está mobilizada”.

A proposta inicial do sindicato patronal para este ano era somente a de pagar o piso regional que está em R$ 732,00 e 6% de aumento para os demais. Após algumas reuniões a proposta aumentou para R$ 740,00 de piso e 6,4% de aumento para os demais. O Sindicato dos Trabalhadores pede R$ 750,00 de piso e um aumento de 7%. Há ainda um impasse com relação ao piso para os trabalhadores dos serviços de limpeza. O patronal oferece o mínimo nacional, R$ 622,00 e o Sindicato dos Comerciários pede R$ 700,00.

“Precisamos de mobilização. Lotar nossas assembleias e se não tiver espaço no auditório faremos ela na rua. Pedimos a todos para que conversem nas empresas com os gerentes e com os empresários para que melhorem esta proposta. Com a economia em alta e o salário do comércio cada vez mais achatado, vai acabar faltando trabalhadores para o setor”, concluiu Rosane Simon.

Os comerciários se reúnem em assembleia ordinária sempre na segunda sexta-feira de cada mês. A próxima esta marcada para o dia 9 de novembro. Como todos os anos, os trabalhadores não fecham o acordo para o horário de natal enquanto o dissídio não estiver acertado.

Confraternização
Após as definições gerais em relação a negociações um momento lúdico foi realizado com a leitura do texto de Anton Tchekhov, “A Palerma”. Houve também sorteio de mais de 100 brindes doados por empresas da cidade e uma confraternização no restaurante Paladare.

Governo aceita corte na jornada de trabalho

Proposta em debate quer reduzir jornada de 44 horas para 40 horas por semana.

O governo federal já começa a discutir a possibilidade de permitir a redução da jornada de trabalho do brasileiro para 40 horas por semana. Assunto considerado tabu até bem pouco tempo atrás, a redução da atual jornada de 44 horas semanais, como estipula desde 1988 a Constituição, passou a ser lembrada nos gabinetes de Brasília como "medida possível" de ser tomada até o fim do governo Dilma Rousseff, em 2014. A ideia é muito popular no mundo sindical.

O s dados do mercado de trabalho apontam para uma realidade mais próxima das 40 horas semanais do que o previsto na Constituição. "O brasileiro já está trabalhando menos, então uma mudança constitucional não provocaria a polêmica que causaria alguns anos atrás", disse ao Estado uma fonte qualificada do governo federal.

Empresários, especialmente da indústria, criticam a bandeira das centrais sindicais pela redução da jornada de trabalho por entenderem que a mudança aumentaria os custos produtivos, uma vez que, com menos horas trabalhadas, seria necessário contratar mais funcionários.

Em 2012, até o mês passado, os 51,5 milhões de trabalhadores formais brasileiros cumpriram jornada de 40,4 horas por semana, em média. Em fevereiro deste ano, a jornada semanal chegou a ser de 39 horas.

De 2003 a 2012, houve uma queda deste indicador, estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A série histórica do IBGE começa em março de 2002, portanto uma comparação entre os nove meses de cada ano só é possível a partir de 2003.

Acordos. Em média, os trabalhadores brasileiros cumpriram jornada de 41,2 horas por semana entre janeiro e setembro de 2003. No ano passado, o indicador foi de 40,6 horas por semana, em igual período.

Segundo José Silvestre, diretor de relações do trabalho do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a queda da jornada ocorreu por dois fatores: os ganhos crescentes de produtividade que permitiram, por sua vez, acordos coletivos em diversas categorias que reduzem a jornada.

Dois dos maiores sindicatos do Brasil - dos metalúrgicos do ABC, que representa 112 mil trabalhadores, e dos metalúrgicos de São Paulo, que representa 430 mil trabalhadores - cumprem jornada de, no máximo, 40 horas semanais há quase dez anos.

Com os ganhos de produtividade por meio da maturação dos investimentos realizados nos últimos anos, a indústria de transformação tem reduzido naturalmente a jornada de seus operários, entende Silvestre, para quem a ação sindical é decisiva para "acelerar" este processo. Categorias como enfermeiros já cumprem jornadas inferiores, de 38 horas por semana e, em alguns casos, de 36 horas por semana.

Desafio. Para o secretário executivo do Ministério do Trabalho, Marcelo Aguiar, o grande desafio do governo será manter essa redução da jornada num cenário onde o ritmo dos avanços deve ser menor do que o anterior.

"Vivemos um período onde a taxa de desemprego despencou, ao mesmo tempo em que o rendimento tem aumentado em todas as categorias, e a jornada tem caído. O desafio, agora, é manter toda essa engrenagem funcionando", afirmou Aguiar.

Uma mudança constitucional, fixando um novo teto de jornada semanal de trabalho, aceleraria o movimento de redução do tempo de trabalho em categorias e regiões que ainda contam com jornadas superiores a 40 horas por semana.

Especialistas apontam que, entre os setores, o mais "crônico" seria a construção civil, onde os operários chegam a cumprir jornadas superiores ao teto constitucional de 44 horas por semana.

Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE, três apresentaram no mês passado os resultados mais distantes: São Paulo (SP), com média de 42,3 horas por semana, Rio de Janeiro (RJ), com 42,2 horas por semana, e Porto Alegre (RS), com 42 horas por semana.

Fonte: O Estado de São Paulo, por João Villaverde, 29.10.2012

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Comerciários, 80 anos de uma conquista

O Dia do Comerciário nos remete a uma história de luta de uma das categorias mais antigas do Brasil, mas que ainda não é reconhecida legalmente como profissão. Esta data marca os comerciários como os precursores da luta dos trabalhadores na conquista da jornada de trabalho de oito horas diárias e do repouso aos domingos e feriados. Neste dia, a  Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços/RS (Fecosul) cumprimenta a todos esses valorosos profissionais que recebem a população com tanta atenção e carinho, contribuindo para a autoestima e o bom atendimento do consumidor. Profissionais que, na maioria das vezes, esquecem as suas dificuldades pessoais, como a baixa remuneração, e, em muitos casos, ainda, precárias condições de trabalho, constituindo-se como parte fundamental da roda que a faz a economia girar. Completamos 80 anos desde aquele 29 de outubro de 1932, quando os comerciários aglomeraram-se no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, e marcharam em direção ao Palácio do Catete, com quase 5 mil pessoas, para exigir um trabalho mais digno e humanizado.

O presidente Getulio Vargas os recebeu e nesse mesmo dia assinou o Decreto Lei N° 4.042, de 29 de outubro de 1932, que acabava com a carga horária de 12 horas diárias, passando para 8 horas, e instituía o repouso semanal remunerado aos domingos. O decreto-lei foi publicado no Diário Oficial do dia 30 de outubro de 1932, e assim marcada está a data como o Dia do Comerciário. O espírito de luta e a determinação daqueles companheiros comerciários, que foram os percursores de um movimento contra as precárias condições de trabalho, nos inspiram, até hoje, através de gerações, renovando a disposição de luta dos trabalhadores comerciários em defesa do desenvolvimento, da valorização da profissão com mais qualificação, melhores salários e condições de trabalho.

Guiomar Vidor
Presidente da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços/RS

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Apesar do crescimento nas vendas, negociação com comerciários não avança

Os comerciários de Ijuí e região, da base de atuação do Sindicato dos Empregados do Comércio de Ijuí, realizaram sua assembleia geral ordinária mensal na última sexta-feira (14). Os informes sobre o dissidio deste ano mobilizaram os comerciários e a reunião foi marcada pela grande participação da categoria.


Patrões oferecem o piso regional
O comércio gaúcho acumula alta de 10,4% no primeiro semestre de 2012 (crescimento real, já descontada a inflação). O setor de hiper e supermercados, segmento de maior peso no varejo, registra um crescimento ainda maior em 2012, com alta de 15,4% no semestre.
Apesar do crescimento nas vendas, a negociação entre o SINDILOJAS e o Sindicato dos Comerciários é tradicionalmente marcada pelo impasse e o momento difícil pelo que passa a COTRIJUI foram avaliados.

Para este ano, o SINDILOJAS oferece aos trabalhadores do comércio um piso de R$ 732,00 (já garantido pelo piso regional do estado) e 6% para os demais salários. O INPC (índice que mede a variação dos preços no mercado varejista, mostrando, assim, o aumento do custo de vida) ficou em 4,88%. O aumento real para o trabalhador seria de 1,12%.

O Sindicato pede R$ 750,00 para o piso e um aumento de 7% para os demais salários, com um ganho real de 2,12%. Guilherme Persich, diretor que conduz as negociações no lugar da Presidente Rosane Simon que está licenciada, diz que o SINDILOJAS não responde as tentativas de negociação. O Sindicato aguarda uma nova rodada para a próxima semana.

Dissídio da COTRIJUI deve fechar esta semana
Apesar do momento pelo que passa a cooperativa, as negociações estão tranquilas e o acordo deve ser fechado nesta semana. A proposta da empresa é de um piso de R$ 770,00 e um aumento para os demais salários de 6% de maio a agosto e mais 1% a partir de setembro. Na proposta, os valores retroativos a data base de maio seriam pagos em 5 vezes (de outubro a fevereiro) e o auxílio escolar em 3 vezes.

No entendimento do Sindicato, este é o momento da empresa valorizar seus funcionários, sinalizando a confiança e parceria para superar o momento de crise. A diretoria da cooperativa se mostrou receptiva e uma contra proposta será apresentada pedindo o aumento de 7% já a partir de maio e o pagamento dos valores retroativos em 3 vezes. Guilherme Persisch e o assessor jurídico Luiz Carlos Vasconcellos estão confiantes de que as negociações chegam ao acordo ainda nesta semana.

O setor de peças e de veículos já tem valores definidos. O piso fechou em R$ 762,00 e o aumento para os demais salários ficou em 7%.

Nova Sede Campestre
A categoria foi informada também sobre o andamento das obras da nova sede campestre no Povoada de Santana, próxima ao Rio Potiribú. Algumas melhorias já foram realizadas como a ampliação de banheiros e o cercamento da área e as obras de cobertura da quadra de esportes estão em andamento.
A direção convida a todos para que visitem e conheçam a nova sede que deverá estar em pleno funcionamento neste verão.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Abgail Pereira, secretária do Turismo do RS, apoia uma presença mais forte da mulher na política e defende uma mudança na forma com que a televisão brasileira divulga a imagem feminina

10/09/12

Abgail Pereira é secretária de Turismo do Governo do Estado e foi a 1ª secretária da Mulher da CTB-RS, em 2007.
CTB-RS – No ano passado, 46 mulheres foram assassinadas e entre janeiro e agosto deste ano, o número já chega a 50. Além disso, os casos de denúncias de violência contra a mulher são de, em média, 40 ligações por dia. O que a senhora acha que ainda precisa ser feito para que essa realidade seja modificada?

Abgail – Precisamos organizar, cada vez mais, ações que mobilizem as entidades representativas, o poder legislativo e executivo, as lideranças e a sociedade, chamando a atenção para o absurdo que é nós amargarmos com esses números. O Rio Grande do Sul é o segundo estado do país com o maior índice de violência contra mulheres. Ao se identificar que esse número é mais presente na serra gaúcha e na fronteira, conclui- e que é algo ligado a nossa cultura de uma maneira conservadora e muita atrasada do ponto de vista das relações sociais.

O Estado já tomou várias iniciativas para enfrentar essa violência. Buscou delegacias da mulher, criou casas de abrigos, que oferecem todo respaldo para a mulher e seus filhos, instituiu promotorias legais. Apesar disso, muitas das pessoas que lidam no campo com bichos, seguem tratando a mulher pior do que bicho. Então acredito que essa é uma questão cultural e para que seja modificada é necessário que siga havendo um debate permanente sobre esse assunto.

A violência contra a mulher se inicia de uma forma subliminar, psicológica, emocional, parte para a física e acaba levando a morte. Na época em que reivindicávamos a Delegacia da Mulher, nós identificamos que o debate sobre isso precisa acontecer e que Lei Maria da Penha deve sair do papel e ser trazido para a vida. Em briga de marido e mulher a sociedade tem que meter a colher, sim! Esta é uma máxima que tem que ser seguida. Descobriu-se que o agressor, em geral, é uma pessoa que se diz amar a mulher, ou seja, que tem uma relação afetiva com ela, ou ele é o irmão, ou pai, ou marido. Como é que estão essas nossas relações afetivas, a ponto de se acabar com a vida de uma pessoa? Nós temos que enfrentar de forma coletiva essa situação, metendo a nossa colher como poder público, como entidades representativas do conjunto da sociedade.

A CTB tem dado uma contribuição muito grande para esse debate por trazer, na sua concepção, a questão da mulher como protagonista da sua história e por dar visibilidade a ela como trabalhadora e com sua a relação na sociedade. A mulher ao ir ao mercado de trabalho, ela evidencia necessidades e faz avançar a humanidade na conquista dessea direitos. A CTB sempre tem pautado esse debate e nós nos sentimos extremamente contempladas por uma central que chama para si a responsabilidade de ter esse debate vivo na sociedade.

CTB-RS – No 5º encontro das Trabalhadoras no Comércio e Serviços do RS, que aconteceu na Fecosul, no início do mês de agosto, a senhora defendeu a participação das mulheres na política e, consequentemente, nos espaços de poder. Por que a senhora acha que esse envolvimento é essencial para modificar a realidade da violência atual?

Abgail – É exatamente na política e nesses espaços de poder onde as coisas são decididas. As mulheres hoje ocupam todos os lugares da sociedade. Nós estamos presentes nas universidades, em todas as profissões, mas não estamos nos espaços de poder. Ainda é muito baixo o número das mulheres que participa das esferas de poder e nós já demonstramos a nossa capacidade, que precisou ser demonstrada, ao contrário do que acontece com os homens, que quando ascendem ao poder, não precisam provar suas capacidades. Isso porque, às mulheres, não basta estar qualificada do ponto de vista profissional. É preciso, ainda, comprovar que se é capaz. Na política ainda estamos num número muito reduzido. Nós precisar estar mais presentes nesse meio, porque humanizamos as relações.

Veja bem, se nós somos mais da metade da população e nós não participamos da política, está faltando essa metade. Está faltando esse olhar, esse sentimento, essa competência. Aqui na América nós já tivemos e temos ainda, Michelle Bachelet, Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, mulheres que acenderam. Acho que essa é uma janela extremamente importante que mostra que as mulheres têm grandes capacidades. O cargo da presidência da república ao estar sendo preenchido por uma mulher nos deu uma visibilidade na ONU, por exemplo, mas isso por si só não resolve a nossa participação na política.

Esse ano nós temos mais mulheres candidatas, quiçá sejam eleitas. Torço para que nós tenhamos muitas mulheres candidatas a prefeitas das capitais no Brasil todo. Isso vai mudando a cara do Brasil. Antigamente, nós exercitamos a cidadania ao lutar pelo direito ao voto, agora nós queremos o direito de sermos votadas.

CTB-RS – As novelas e seriados da televisão brasileira mostram, seguidamente, as mulheres sendo alvo de preconceito, agressões, maus tratos. A senhora acha que esses temas são explorados da maneira correta ou poderiam ser conduzidos de outra forma?

Abgail – Deveriam sim ser conduzidos de outra forma. O uso da imagem social da mulher é extremamente distorcido e não representa o que é realmente a vida dela. Nas novelas, muitas atrizes têm suas personagens retratadas como fofoqueiras, fuxiqueiras, ou são mencionadas e valorizadas, apenas, por suas belezas físicas, sendo taxadas de “gostosas”. Essa é uma cultura que usa a mulher como uma propriedade ou como um objeto. Na música, por exemplo, elas são chamadas por frutas ou comparadas a animais.

No entretenimento, a mulher negra ainda é tratada pior. É difícil ela ser mostrada como alguém capaz, e quando consegue isso, ou ela é feia, ou má. Então é muito distorcido do papel que é hoje ocupado pela mulher na sociedade. Nós estamos no judiciário, na construção civil, nas universidades, somos ministras, deputadas, prefeitas. E como é que a TV representa essa mulher? É com o uso do corpo para vender cerveja, moto, produtos que muitas vezes não estão nem associados ao universo feminino. A mulher é usada apenas como um atrativo, sem se explorar sua capacidade que vem contribuindo com o avanço da humanidade.

CTB-RS – Segundo um estudo feito pelo Banco Mundial e divulgado no mês de agosto, de 2000 a 2010, a participação das mulheres no mercado de trabalho na América Latina aumentou 15%. Fato que contribuiu no combate a extrema pobreza inclusive durante a crise financeira, que explodiu em 2008. Apesar da independência financeira que parte feminina da população vem conquistando, há muitas mulheres que, em paralelo a isso, se submetem a viver com homens que as maltratam e não dão o seu devido valor. Por que a senhora acha que isso ainda ocorre?

Abgail – Posso afirmar que eu já me fiz essa pergunta por diversas vezes. Ao me reunir com mulheres que são expostas a situações de violência e procurar essas repostas, acabei identificando um mundo, em que é atribuído às mulheres serem as cuidadoras. Por várias gerações foi estimulado e culturalmente aceito isso. Nós cuidamos da natureza, das pessoas, dos animais. Historicamente isso perpassou gerações. Por vezes, as mulheres defendem o seu agressor dizendo “quando ele não está bêbado ele é bom”, “ele é um bom pai”, “ele me bate, mas não deixa faltar nada em casa”, “ruim com ele, pior sem ele”. Além disso, os filhos, a família e a sociedade cobram de uma mulher que abandona o homem. Porque o homem não é um ser agressor por natureza, e sim, é um ser agressor porque foi constituído socialmente num sistema em que é interessante que ele seja quem domina, assim ele reproduz por vezes essa opressão e bate.

É difícil para a mulher se desvencilhar do elo afetivo, mesmo sendo agredida. Há dados que dizem que as mulheres levam em média 10 anos para denunciar as agressões. Existem, ainda, situações em que a denúncia é feita, mas com o passar do tempo, elas voltam para os maridos, sempre na tentativa de resguardar a relação e isso por vezes custa a vida da mulher.

Num primeiro momento, nós achávamos que elas não denunciavam porque não ia adiantar nada. Hoje, com o advento da Lei Maria da Penha – duramente conquistada pelo movimento de mulheres, que vem tentando se afirmar na sociedade e enfrenta resistência do próprio poder judiciário para que ela seja aplicada – as mulheres estão denunciando mais e os números começam a aparecer. Por isso, algumas pessoas acreditam que as delegacias não estão cumprindo com seus objetivos, por acharem que o número cresceu, mas ele não cresceu. Ele apenas evidencia uma situação que já existia, mas que estava escondida. Hoje com o amparo das delegacias e das casas de abrigo, as mulheres estão indo denunciar mais.

Aline Vargas

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CTB se posiciona no Senado contra projeto retrógrado sobre terceirização

O PL 4.330/04, projeto de lei que regulamenta a terceirização, é alvo de críticas de sindicatos e outras entidades que defendem os trabalhadores – eles acusam a proposta de enfraquecer os direitos dos empregados, visando assim reduzir os custos das empresas. Essas críticas deram a tônica da audiência pública que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) realizou na última quinta-feira (6), com a presença da CTB.

Joílson Cardoso, secretário de Relações Institucionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil(CTB), ratificou durante a audiência pública a posição da Central sobre o assunto.  “Defendemos a CLT e os preceitos constitucionais. Com o mundo em crise, não aceitaremos um passo atrás”, disse.

O autor do projeto, deputado federal Sandro Mabel (PR-GO), que não participou da audiência na CDH, argumenta que sua proposta oferece segurança jurídica para os terceirizados, oferecendo regras claras tanto para os trabalhadores nessa situação quanto para seus contratantes. Atualmente, a matéria tramita na Câmara dos Deputados. Se for aprovada, passará então a tramitar no Senado.

A CTB tem posição definida sobre o tema. Para seus dirigentes, uma regulamentação da terceirização, qualquer que seja, atingirá mais de 30 milhões de trabalhadores e pode representar, na prática, uma reforma da legislação trabalhista com grandes impactos no mercado de trabalho brasileiro, podendo significar  a institucionalização  da precarização do trabalho, representando o  aumento da jornada, a ampliação das situações de risco, dos acidentes e doenças, o crescimento da rotatividade e o rebaixamento salarial.

Por esse aspecto, a CTB defende que qualquer legislação sobre esse tema tenha como base os seguintes pontos:

  • Proibição da terceirização na atividade-fim, inclusive no serviço público;
  • Proibição de toda e qualquer possibilidade de subcontratação;
  • Responsabilidade solidária da empresa contratante pelas obrigações trabalhistas e previdenciárias;
  • Isonomia e igualdade de direitos entre todos trabalhadores e trabalhadoras garantindo o princípio da progressividade de direitos e da norma mais favorável;
  • Direito à informação prévia e negociação coletiva por ramo preponderante;
  • Proibição de terceirização das atividades que são tipicamente de responsabilidade do Setor Público.

Portal CTB

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Encontro de trabalhadoras defende autonomia para mulheres no rumo da igualdade

A autonomia econômica e de poder é o que pode dar às mulheres a condição de avançar no rumo da igualdade, este é o resumo do 5º Encontro das Trabalhadoras no Comércio e Serviços do RS, realizado pela Fecosul, nesta quinta-feira (9/8), no auditório da Federação. Estiveram presentes representando o Sindicato de Ijuí, Débora Vanessa Mass e Ceres Deniz Antunes Megier.

O encontro produziu o documento “Autonomia e Igualdade para as Mulheres” que traz algumas plataformas pela igualdade de gênero e autonomia para as mulheres nos espaços de poder e decisão que será entregue ás autoridades do governo e a candidatos a prefeito e vereadores dos municípios.

Leia matéria completa na página da FECOSUL.

domingo, 15 de julho de 2012

Assembleia avaliou proposta inicial de reajuste

Reunidos em assembleia na noite de sexta-feira (13), os comerciários de Ijuí deliberaram sobre as negociações do dissídio da categoria. Porém, o principal item na pauta desta reunião foi a ratificação da base territorial do Sindicato.

O assessor jurídico da entidade, Luiz Carlos Vasconcellos explicou que a ratificação é meramente burocrática, devido ao fato de que no cadastro do Ministério do Trabalho alguns municípios não constam como pertencentes a base de Ijuí. O ajuste é necessário porque gerava entraves burocráticos em cada negociação do dissídio.

O Sindicato já havia encaminhado a regularização mas no cadastro do ministério haviam ainda cidades excluídas da base. Vasconcellos disse que ao longo dos anos novos municípios foram surgindo e alguns maiores, foram incorporados a outras bases territoriais, motivo que gerou o fato. Dos 21 municípios que atualmente compõe a base territorial do Sindicato de Ijuí, 13 não constavam no cadastro do ministério.

A assembleia aprovou por unanimidade a ratificação. A base territorial de Ijuí, com 21 municípios é composta por Ajuricaba, Augusto Pestana, Bom Progresso, Bozano, Braga, Campo Novo, Catuípe, Chiapeta, Coronel Barros, Coronel Bicaco, Humaitá, Ijuí, Independência, Inhacorá, Jóia, Miraguaí, Nova Ramada, Santo Augusto, São Martinho, São Valério do Sul e Sede Nova.

Primeiras reuniões de negociação
A assembleia também tratou do dissídio da categoria. Guilherme Persich, diretor tesoureiro da entidade, informou aos presentes o resultado das primeiras reuniões de negociação. Na proposta negociada com a Cotrijui, o Sindicato pede um piso de R$ 780,00 e um reajuste de 12% para os demais salários. A empresa oferece um piso de R$ 770,00 com 6% de aumento para os demais. Guilherme Persich informou que o Sindicato tem conhecimento de que os trabalhadores da empresa ligados ao Sindicato da Alimentação chegaram aos 8% e crê num avanço das negociações.

Como se repete todos os anos, com outros sindicatos patronais as negociações permanecem difíceis. O SINCOPEÇAS oferece R$ 770,00 para o piso e R$ 740,00 para boys e trabalhadores da limpeza. 7% para os demais. O Sindicato Patronal responsável pela negociação das farmácias sequer respondeu as chamadas para reunião.

Para os demais trabalhadores do comercio em Ijuí o Sindicato propõe um reajuste de 12% e um piso de R$ 770,00. O SINDILOJAS oferece 6% e um piso de R$ 732,26, exatamente o valor do piso regional do estado.

Mínimo regional do estado é conquista dos trabalhadores
Algumas entidades patronais usam o reajuste do mínimo regional como parâmetro base para não negociar com os Sindicatos de trabalhadores. As entidades de trabalhadores alertam para esta questão esclarecendo que a conquista do piso mínimo regional é fundamentalmente resultado das mobilizações das entidades e da luta dos trabalhadores. O piso regional tem inclusive alavancado as negociações de várias categorias no estado. Guilherme explicou que muitas empresas não cumprem o mínimo regional e que o Sindicato de Ijuí já está mapeando onde isso acontece para tomar medidas judiciais e solicita aos trabalhadores que informem se isto acontece.

Segundo informações publicadas no Jornal do Comércio (Leia), o piso regional está puxando a remuneração das categorias em todos os setores da atividade gaúcha. O jornal informa que o balanço das negociações para reajustes de 72 categorias em 2011 mostrou que nenhuma teve reposição abaixo da inflação anual, e 98,6% forjaram acordos acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os dados são do DIEESE/RS.

A assembleia autorizou a diretoria ao prosseguimento das negociações.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Comerciários realizam assembleia extraordinária nesta sexta

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí realiza uma assembleia geral extraordinária nesta sexta-feira, dia 13 de julho de 2012. A principal deliberação nesta reunião será a ratificação dos municípios base da entidade. Segundo o Presidente em Exercício, Paulo Braz Garcia, apesar da pauta oficial conter somente esta questão, o momento será também para o debate da campanha salarial 2012, por isso a presença de todos é fundamental.

A necessidade de ratificação da base é uma questão pró-forma. A base territorial de atuação do Sindicato compõe os seguintes Municípios: Ajuricaba, Augusto Pestana, Braga, Bom Progresso, Bozano, Campo Novo, Catuípe, Chiapetta, Coronel Barros, Coronel Bicaco, Humaitá, Ijuí, Independência, Inhacorá, Jóia, Miraguaí, Nova Ramada, Santo Augusto, São Martinho, São Valério do Sul e Sede Nova.

A assembleia e aberta a associados ou não ao Sindicato e tem a primeira chamada as 18:00h e a segunda e última convocação, às 19:00h e será realizada no auditório da entidade na Rua Venâncio Aires, 293, Centro em Ijuí/RS.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Regulamentação da Profissão de Comerciário avança na Câmara dos Deputados

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados (CDEIC) aprovou no último dia 04, por unanimidade, o Substitutivo originário do Senado Federal que regulamenta a Profissão de Comerciário. O Projeto de Lei reconhece e regulamenta, após décadas de lutas, uma das mais antigas e importantes categorias profissionais do País. Estima-se que cerca de 12 milhões de homens e mulheres atuem como trabalhadores do comércio no país.

A matéria já tramitou e foi aprovada em três Comissões no Senado e segue para ser apreciada na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e em seguida, para a Comissão de Constituição e Justiça, seguindo finalmente para sanção presidencial.

O relator Deputado João Maia, após a aprovação fez o seguinte comentário: “Coube-me a honra hoje de relatar e aprovar por unanimidade o reconhecimento da profissão de comerciário. É impressionante como essa profissão tão ligada a nossa história, como caixeiro viagem, o mascate, e que hoje emprega mais de 12 milhões de homens e mulheres, ainda continue sem reconhecimento. Hoje demos um passo fundamental para que essa injustiça seja corrigida. Agradecer aos líderes do todos os partidos, que reconheceram em mim a pessoa adequada para relatar e aprovar esse projeto”.

Com a regulamentação, a função de Comerciário passa a ser uma profissão. Clique aqui e veja a íntegra do projeto que estabelece a regulamentação.

Fonte: Assessoria Política e Parlamentar do FST.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Piso Regional voltará a ser discutido no Conselhão

O governador Tarso Genro solicitou que o Salário Mínimo Regional volte a ser discutido no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (04), pelo secretário executivo do CDES-RS, Marcelo Danéris, ao adiantar que logo após a reunião do pleno, agendada para o dia 10, iniciará o processo de debates sobre o tema.

Para as reuniões do CDES-RS serão convidadas as centrais de trabalhadores, federações empresariais e outras organizações sociais. "Mais uma vez temos o desafio de estabelecer um diálogo entre as partes que produza acordo no tema", afirmaDanéris.

O reajuste deste ano, aprovado pelo Legislativo em março, foi de 14,75%, com valor de R$ 700,00 para a faixa I. Atendendo ao pedido das federações empresariais, o Governo do Estado retardou para 1º de março de 2012 a data de entrada em vigor do salário regional deste ano. A partir de 2013 o reajuste vigorará em 1º de janeiro, mesma data do salário mínimo nacional.

Entre as reivindicações dos trabalhadores está a recuperação das perdas acumuladas desde a criação do mínimo regional em 2001, quando era 28% superior ao mínimo nacional. Em 2010, esta diferença chegou a apenas 7%. Com os reajustes de 2011 e 2012, o percentual ficou em 13%.

Distribuição de renda
O Executivo gaúcho, assim como fez o Governo Federal nos últimos anos, aposta no aumento da capacidade do poder de compra dos trabalhadores como um dos pilares para evitar a recessão da economia. "A valorização do salário mínimo nacional desempenhou papel fundamental, pois é o instrumento mais eficaz de proteção do trabalhador assalariado e de distribuição de renda", destaca Danéris.

Para compensar o aumento das despesas das empresas, o governo estadual adotou uma série de medidas para fomentar e acelerar o desenvolvimento econômico do estado, como os incentivos na área de inovação, o fortalecimento das cadeias produtivas regionais, o não aumento de impostos, além da reestruturação do Fundopem.

Diálogo constante
Em 2011, foram realizadas diversas reuniões para ouvir as ponderações e propostas das centrais sindicais e das entidades patronais com o propósito de formular uma política de reajuste dos pisos salariais do Estado. Os debates ocorreram na Câmara Temática Piso Regional, instalada em 7 de abril. A última reunião ocorreu em 7 de dezembro de 2011, encontro em que as partes mantiveram suas posições sobre os índices, sem chegar a um acordo.

As centrais sindicais propuseram reajuste de 18,7% para 2012, tomando por base o INPC, mais o PIB e um índice para recuperar as perdas. Durante as negociações, as federações admitiram um reajuste próximo a 7%.

Participaram desses encontros representantes da Central Única dos Trabalhadores, Nova Central, União Geral dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado, Federação da Agricultura, Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul, Federação das Câmaras de Dirigentes Logistas e Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.

Técnicos da Fundação de Economia e Estatística (FEE) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) participaram de diferentes encontros mostrando estudos sobre o impacto na economia gaúcha.

Texto: Stela Pastore
Edição: Redação Secom

segunda-feira, 2 de julho de 2012

CTB-RS denuncia ao Ministério Público do Trabalho não cumprimento do Piso Regional

A direção da CTB/RS, reunida com o Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho, Dr. Ivan Sérgio de Camargo dos Santos, na última segunda-feira (25), denunciou que algumas entidades patronais não cumprem a Lei encaminhada pelo governo do Estado e aprovada pela Assembleia Legislativa, que estabeleceu o valor do Piso Mínimo Regional. No encontro, realizado na sede do Ministério, estiveram o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, acompanhado do vice-presidente nacional da CTB, Vicente Selistre, da segunda vice-presidente da CTB-RS, Jaqueline Aurélia, e do tesoureiro da CTB-RS, Júlio Lopes.


“A CTB-RS buscou, no diálogo com o Ministério Público do Trabalho, que o MP se interesse pela valorização do trabalho. Nesse encontro, vários temas foram levantados. Entre eles, a implantação das comissões de fábrica ou dos delegados sindicais nas empresas que possuem mais de 200 trabalhadores. O próprio MP já tem tomado medidas nesse sentido. Nós pretendemos estender a presença de delegados sindicais por todo o Estado com o objetivo de fortalecer a ação sindical dentro das fábricas e das empresas”, disse Guiomar Vidor.

Uma das principais questões levadas ao Procurador Chefe do MP foi uma nova solicitação, por parte da CTB-RS, de um posicionamento do Ministério Público em relação às entidades patronais que continuam insistindo em não reconhecer o Salário Mínimo Regional. “Nós tivemos, no último mês, um grande reforço em decisões nos Tribunais Regionais do Trabalho, como o do Paraná, que já decidiu sobre essa questão quando afirmou que ‘as convenções coletivas que estabelecerem pisos inferiores ao Salário Mínimo Regional não têm validade’, o que garante que os trabalhadores recebam o Piso Regional fixado”.

“Mais recentemente, tivemos uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em um recurso ordinário, que estabeleceu, através de julgamento de dissídio coletivo, a anulação de uma cláusula que estabelecia um salário inferior ao Piso Mínimo Regional.

“Estas últimas decisões reforçam nossa denúncia a fim de que o MP notifique as entidades patronais para que elas passem a reconhecer que todos os trabalhadores devem receber, no mínimo, aqueles valores que estão estabelecidos dentro da Lei estadual que garante um Salário Mínimo Regional determinado para cada categoria. Hoje nós observamos que as entidades patronais tem tido uma grande resistência em reconhecer a questão do Salário Mínimo Regional”, assinalou o presidente da CTB-RS.

“O balanço que fizemos do encontro é extremamente positivo. Há uma abertura significativa por parte do MP e agora, com a disposição do Procurador Chefe para um debate com os demais procuradores a fim de que eles possam fazer considerações e expor as suas ideias e para que nós, do movimento sindical, possamos também espressar as nossas preocupações e, a partir daí, construir coletivamente ações concretas que fortaleçam a legislação trabalhista e o seu cumprimento dentro das empresas.

 e assim trabalhar naquele sentido mais amplo do que defende a CTB: o projeto nacional de desenvolvimento, mas que tenha como centralidade a questão da valorização do trabalho. Para nós, é fundamental termos o Ministério Público do Trabalho no lado dos trabalhadores para fortalecer a organização sindical dentro dos locais de trabalho e para que a gente possa ter, cada vez mais, o cumprimento da Legislação Trabalhista, ou seja, os direitos dos trabalhadores”, finalizou o presidente da CTB-RS.

Por Emanuel Mattos

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Longa jornada e baixos salários afastam trabalhadores do comércio

Fonte: PED/DIEESE Elaboração : DIEESE RS
A Fecosul com apoio dos seus sindicatos realizou pesquisa informal sobre a satisfação de trabalhar no comércio. As respostas não surpreenderam. O salário e a jornada de trabalho dos comerciários são os fatores que mais afetam os trabalhadores do setor. Estes são os motivos de muitos pedidos de demissão, da alta rotatividade no setor e da dificuldade do comércio, em especial os supermercados, conseguirem mão de obra.

A grande maioria que quer sair ou que já saiu do comércio aponta a extensa jornada e a pouca valorização do trabalho como decisivos para a continuação no setor. Principalmente, os que estão em supermercados, e que trabalham domingos e feriados.

Mesmo os que gostam do seu trabalho, do contato com o cliente, se queixam da falta de valorização desta atividade essencial para a economia das cidades, do Estado e do País. Os comerciários ainda citam a falta de vale transporte, a falta de vale alimentação, falta de auxílio creche, de auxílio estudante, entre outros.

Marcos Meira, de Ijuí, largou o supermercado e mudou de ramo.
 Até mesmo quem é demitido não lamenta. “Foi uma boa porque não aguentava mais as condições de trabalho e o pouco incentivo para crescer, relata Janaína Souza de Morais, 20 anos, de Ijuí. “Está demais’, a primeira questão que fez um sair do supermercado foi a financeira, e depois o horário”, disse Marcos Meira, 30 anos, também de Ijuí, que mudou de setor.

Em Carazinho e Região, de janeiro a maio deste ano, foram 132 pedidos de demissão de funcionários de supermercados. "Chegou um tempo que eu decidi que precisava de qualidade de vida. Raramente se tem um sábado livre, quando se trabalha no comércio, então fiz um concurso público e passei”, comemora Vanderlei Assmann, 34 anos, que trabalhou 13 no comércio de Carazinho.

As queixas são as mesmas para todos os entrevistados. Mesmo os que querem continuar no setor reivindicam melhorias e mais valorização do trabalho. É o que dizem trabalhadores no comércio de Santiago, Taquari, Farroupilha, Uruguaiana, Bento Gonçalves, Taquara, ijuí e Carazinho, que responderam a pesquisa.

Dieese mostra a diferença entre comércio e outros setores
Estudo do Dieese aponta que a jornada média semanal do comércio é de 47 horas, a mais alta entre os setores. Esta média ultrapassa em 3 horas, a jornada semanal de 44 horas. E afeta mais os jovens e as mulheres. Os jovens comerciários não podem prosseguir nos estudos e na sua qualificação, quesito muito cobrado na hora de contratar. Já para as mulheres comerciárias, que na região Metropolitana de Porto Alegre são a grande maioria das trabalhadoras do setor e 63% são mães, é difícil conciliar a vida profissional e a familiar com a jornada tão longa. As condições afetam a família toda.

Ao analisar a renda, o Dieese mostra que o salário do comerciário está na frente apenas do setor agropecuário, que tem média de R$ 749,60, e no comércio a média é R$ 797,30. Já na indústria e serviços a jornada é menor, 43 e 42 horas, respectivamente, e os salários de contratação giram em torno de R$ 914,10 e R$ 919,20.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego, CAGED Elaboração: DIESE RS

Pedidos de demissão são 33% dos desligamentos no comércio
Conforme o estudo do Dieese, feito pela economista Daniela Sandi, os pedidos de demissão no comércio gaúcho representam 33,4% dos desligamentos. Este índice representa um terço das demissões, ficando abaixo apenas das demissões por iniciativa das empresas que são 45,6%.

Fecosul diz que vai continuar luta pela redução da jornada
Para o presidente da Fecosul, Guiomar Vidor a pesquisa feita com o apoio dos sindicatos, mesmo que informal, mostra a situação dos trabalhadores no comércio do Estado, em especial dos trabalhadores em supermercados. “É preciso que os empresários do setor se conscientizem que os trabalhadores precisam ser valorizados. Que o trabalho aos domingos não dá lucro, não gera emprego, deixa o trabalhador descontente e desagrega a família. Este estudo também fortalece e justifica a campanha do movimento sindical pela jornada de 40 horas semanais", destaca Vidor.

“A Federação vai continuar e aprofundar a luta nas negociações coletivas para que melhorem as condições de trabalho, que melhorem os salários e que haja descanso aos domingos e feriados”, completa o presidente da Fecosul.

“Fica claro que a atividade profissional no comércio começa a deixar de ser interessante. Fica mais claro ainda a necessidade que a classe patronal reveja seus conceitos conservadores. Qualidade de vida é preciso”, defende o presidente do Sindicato dos Comerciários de Carazinho e Região, Ivomar de Andrade (Tomate).

Assessoria de Imprensa Fecosul, com colaboração de Sereno Azevedo.

sábado, 16 de junho de 2012

Comerciários pedem mais segurança em Ijuí

Comerciantes, comerciários, empresários, entidades sindicais, OAB e cidadãos mobilizaram-se na manhã desta quinta-feira com o objetivo de sensibilizar a comunidade quanto à necessidade de mais segurança. Uma série de assaltos a mercados e o assassinato de Carlos Afonso Petersen, chefe do departamento de compras do mercado Super Kuchak, alarmaram a cidade.

Na segunda-feira (04), por volta das 11h, Carlos levava um malote para depósito bancário, quando foi atacado no pátio do supermercado, por um homem com capacete. Alvejado com três tiros no tórax, Cebola, como era conhecido, faleceu minutos depois a caminho do hospital. Uma caminhada foi organizada por colegas e acabou culminando na Campanha Cidadão Seguro, realizada na manhã desta quinta-feira (14) e que reuniu cerca de mil e quinhentas pessoas. O comércio parou em apoio à manifestação.

A presidente licenciada do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, vereadora Rosane Simon, havia divulgado a mobilização na tribuna da Câmara de Vereadores, enfatizando a importância da mobilização. Rosane defende uma maior participação da sociedade para que todos encontrem soluções para a área da segurança pública. “Entendo como fundamental a união de todos os cidadãos e cidadãs na busca de soluções, em conjunto com as três esferas de governo. Não vamos diminuir a violência sem que cada um de nós se comprometa a participar e colaborar e é isso que torna esta mobilização tão importante. Aqui estamos todos juntos demonstrando nossa indignação com os fatos ocorridos”.

Nesse sentido ela lembrou que as empresas devem resguardar seus trabalhadores em tarefas perigosas. “Todos temos responsabilidades e tarefas a cumprir. Se cada um de nós faz a sua parte, ajudamos os órgãos de segurança a dar conta deste problema”, explicou. A vereadora, esteve presente na manifestação e também na reunião no Gabinete do Prefeito no dia anterior. “Sugeri ao Prefeito que esse grupo se mantenha em alerta e que novas reuniões ocorram sempre que necessário. Temos que incluir os bancos e as empresas de segurança para contribuírem também, especialmente com a questão do recolhimento do numerário junto ao comércio local”, concluiu.

Fotos: ijui.com

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Mercados que abriram no feriado de Corpus Christi pagarão multa

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí conseguiu novamente a antecipação dos efeitos da tutela para que os mercados não utilizem mão de obra de seus empregados em feriados, sem a devida autorizados por convenção coletiva, a começar pelo feriado de Corpus Christi, ocorrido na última quinta-feira, 07 de junho.

A decisão da Juíza do Trabalho Substituta Odete Carlin estabelece pena de pagamento de multa de R$ 2.000,00 por empregado que vier a trabalhar no feriado. O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, através de sua Assessoria Jurídica está reúnindo  provas de estabelecimentos que abriram no feriado para ajuizar ações na Justiça do Trabalho para que a mesma  aplicaque as sanções legais.

Na decisão da Juíza Odete Carlin justifica a medida como “única forma de garantir o sagrado direito ao descanso no feriado em questão e evitar prejuízo aos trabalhadores. A força de trabalho não é passível de restituição, assim como não o é a perda do convívio familiar e religioso”.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Falta de mão de obra no setor de Supermercados

O comércio em geral vem enfrentando dificuldades na hora de contratar e estas dificuldades se acentuam em alguns setores, principalmente no de supermercados e farmácias, devido a jornada prolongada e a abertura destes estabelecimentos aos domingos.

Como característica, estes setores têm em seu quadro funcional, principalmente mão de obra jovem, feminina e de estudantes, que não vislumbram tempo nem para os estudos e nem para o convívio familiar e este é o principal motivo que causa uma alta rotatividade de mão de obra, superior a 50% ao ano, segundo os institutos de pesquisa.

Outros setores que não tem o domingo como dia de trabalho, estão absorvendo grande parte dos comerciários que mudam de setor para ter o final de semana livre. Já existem redes de supermercados pensando em fechar aos domingos, por falta de mão de obra e pela alta rotatividade que enfrentam, exemplo é uma rede de minas gerais que pode ser a primeira a tomar tal decisão.

Domingo e Feriado não é dia de Mercado.
Com informações do Sindicomerciários de Erechim

Veja a matéria que saiu no “famoso” JORNAL NACIONAL, no dia 19/04/2012.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Posse da nova diretoria do Sindicato


Cerca de 350 pessoas compareceram ao ato
A diretoria do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí eleita neste ano tomou posse na última sexta-feira. O ato de posse foi realizado em clima festivo num jantar no CTG Chaleira Preta. Cerca de 350 pessoas compareceram ao evento entre comerciários, representantes de Sindicatos de empregados no comércio da região e também representantes de Sindicatos de outras categorias.

Luiz Carlos Vasconcellos
A cerimonia foi conduzida por Luiz Carlos Vasconcellos, assessor jurídico dos comerciários em Ijuí e a mesa formada por Nestor Kalsing, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Santa Rosa e coordenador da regional noroeste missões da FECOSUL, Carlos Karlinski, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ijuí, Guiomar Vidor, Presidente da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (FECOSUL) e Rosane Simon, presidente dos comerciários em Ijuí, reeleita para o seu terceiro mandato.

Nestor Kalsing
Nestor Kalsing saudou a todos os presentes em nome dos comerciários. “Quero deixar à nova diretoria o nosso apoio e a certeza de que podem contar conosco para ajudar nas mobilizações que temos pela frente. Desejo sorte e tenho a certeza, que pelo trabalho que até aqui foi realizado, os comerciários estão bem representados em Ijuí”.

Carlos Karlinski
Carlos Karlinski falou em nome dos Sindicatos de Ijuí: “A velocidade das transformações que atingem os trabalhadores nos trarão muitos desafios pela frente e nós, trabalhadores de todas as categorias temos que estar organizados e solidários para enfrentar estes desafios. Desejo um bom mandato, coragem, saúde e sucesso”.

Em seguida os diretores foram nominados e Guiomar Vidor, presidente da Federação deu posse à diretoria. “Tenho a grata satisfação de estar em Ijuí e em nome da Federação dar posse a esta diretoria. O momento exige que os trabalhadores sejam os agentes das transformações na sociedade e isto exige muita dedicação de todos vocês”.

Guiomar Vidor
Vidor comemorou a eleição de novos diretores nesta gestão. “É importante mesclar experiência com a renovação. Os desafios que vocês assumem requerem muito dedicação. Temos o compromisso com a valorização do trabalho, com a regulamentação da categoria comerciária, com o projeto das 40 horas semanais, todos de muita importância para os trabalhadores. Como presidente da Federação e também da CTB/RS (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), central a qual este Sindicato é filiado, garanto a vocês que estaremos juntos em todas estas lutas”, concluiu.

A presidente Rosane Simon disse sentir muito orgulho de novamente estar a frente da categoria. “É importante estar aqui com vocês porque esta diretoria se fortalece com a presença de cada um. A nossa luta não é feita só com os diretores mas junto com toda a categoria. Só assim poderemos dar conta da imensa tarefa que é lutar por melhores condições de vida para os comerciários e também para todos os trabalhadores”.

Após o ato de posse, todos confraternizaram em um jantar baile. O mandato no Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí é de três anos.

A nova diretoria empossada

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Inscrições abertas para mostra de vídeo sindical

Organizada pela Secretaria de Formação, Cultura e Comunicação da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), a 1ª Mostra de Vídeo Sindical da CTB tem como objetivo divulgar e estimular a produção audiovisual (documental ou ficcional) que trata do mundo do trabalho no Brasil e na América Latina para dar visibilidade às condições de vida e trabalho de homens e mulheres, empregados e desempregados.

Os vídeos podem ser produzidos por trabalhadores, Sindicatos ou Federações com temáticas em histórias e bandeiras de luta. Serão classificados três vídeos por Estado. O resultado da classificação será anunciado ao público em solenidade especial de entrega de prêmios. A data, o local e horário serão divulgados posteriormente.

As inscrições para a mostra são gratuitas e estarão abertas até o final de maio de 2012. Para se inscrever os interessados deverão preencher a Ficha de Inscrição e remetê-la devidamente assinada com todas as folhas rubricadas, para a CTB/RS, com os seguintes materiais:

  • Cópia em DVD da obra, para seleção/exibição;
  • 2 fotos do trabalho ou realizadores para divulgação, em arquivo digital formato JPG com resolução mínima de 300 dpi (os arquivos com as fotos deverão ser enviados em CD/DVD).
  • Enviar mensagem com o nome da obra inscrita e a data de postagem do material para o correio eletrônico da CTB/RS

Maiores informações na Secretaria da CTB/RS (51-32289478).
Baixe a Ficha de Inscrição

domingo, 13 de maio de 2012

A partir de maio, piso do comércio equipara-se ao piso regional

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí realizou nesta sexta-feira (11) sua assembleia ordinária, tendo como pauta principal o inicio das negociações para o dissídio da categoria no período 2012/2013.

Um dos itens das negociações a serem realizadas este ano, além do reajuste, será a antecipação da data base de maio para março em 2013, acompanhando a antecipação da data base do salário minimo e do piso regional no estado.

Rosane Simon, presidente do Sindicato, explica que a partir de maio, nenhum comerciário deve receber valor menor que o estipulado em lei referente ao mínimo regional do estado. O valor atual é de R$ 732,36. “Estamos enviando comunicado aos escritórios lembrando que o acordo do nosso dissídio 2011/2012 vence em abril, passando a partir de maio a valer para o comércio o valor do piso regional até que seja acordado o dissídio do período 2013/2013”.

Há descontentamento na base com a inflação medida no período, que ficou em 4,88%. “É um índice baixo, mas temos neste início das negociações o piso regional que nos dá um bom parâmetro”, diz Rosane. A presidente do Sindicato lembrou da luta dos empresários contra o piso regional. “Não vai faltar aqueles que digam que não precisa mais dos Sindicatos, já que o governo está estipulando o salário mínimo no estado e no país. Mas temos que lembrar que a luta pela valorização do salário mínimo é uma luta dos sindicatos e dos trabalhadores, que fizeram e continuarão a fazer muita pressão pela sua valorização”.

Apesar do valor estipulado pelo mínimo regional, a luta será para fechar acima deste piso e ampliar o valor do aumento real para aqueles que ganham acima deste valor. “Convocamos todos os nossos diretores para iniciarmos com bastante força a nossa campanha salarial deste período”, concluiu a presidente.

Posse da nova diretoria
No próximo dia 25, a diretoria eleita em março toma posse, em um jantar festivo no CTG Chaleira Preta. Os convites estão a venda na sede do Sindicato. O evento começará as 20 horas.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Acidentes de trabalho tem a dimensão de uma epidemia


A realidade brasileira sobre acidentes de trabalho nos dá a dimensão de uma verdadeira epidemia, pois são mais de 700 mil acidentes registrados, mais de 70 bilhões de reais por ano em custos, mais de 2,7 mil trabalhadores que morrem por ano, mais de 80 acidentes por hora e mais de 7 mortes por dia. Os dados foram divulgados em audiência pública, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), sobre o Dia Internacional em Memória às Vitimas de Acidentes do Trabalho, cuja data oficial é 28 de abril, nesta sexta-feira. A audiência teve a participação de representantes de centrais sindicais, do governo federal, da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho

“São dados alarmantes, ainda mais quando consideramos que existem deficiências na rede de atendimento ao trabalhador. São muitos os exemplos que chegam até nós no sindicato, indicando isso”, disse a presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, Rosane Simon.

Na audiência, o Coordenador Nacional do Fórum Sindical dos Trabalhadores, José Augusto da Silva Filho, defendeu a adoção de políticas efetivas para melhorar a segurança no trabalho promovendo campanhas educativas e pediu o fortalecimento do Ministério do Trabalho, observando que este conta atualmente com um auditor fiscal do trabalho para cada três mil empresas.

Corpo e Alma
Para a juíza do trabalho Noêmia Garcia Porto, representante da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), as empresas atualmente não querem só o corpo e o tempo do trabalhador, querem a “alma”. Segundo ela, é preciso haver o enfoque na prevenção dos acidentes, pois a justiça lida apenas com a ponta final, com a reparação dos danos. Em sua opinião, o ideal é o trabalhador ter um ambiente saudável e emprego protegido.

Os 3,8 milhões de acidentes de trabalho ocorridos no Brasil no período de 2005 a 2010 mataram 16,5 mil pessoas e incapacitaram 74,7 mil trabalhadores. Os dados foram citados pela presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosângela Silva Rassy. Rosângela Rassy denunciou o “definhamento” da inspeção do trabalho: o quadro de 3.025 auditores fiscais, segundo ela, é insuficiente para fiscalizar mais de 7 milhões de empresas espalhadas pelo país.

O vice-presidente do Sinait, Francisco Luís Lima, apontou como causa dos acidentes a degradação das condições do trabalhador e do meio ambiente de trabalho. Contribuem para isso, segundo ele, problemas como falta de treinamento, não fornecimento de equipamento de proteção individual e remuneração por produção (que induz ao trabalho excessivo e exaustivo), entre outros.

“Na nossa categoria, os comerciários, temos uma longa e extenuante jornada, diária e semanal e existem também casos de abusos e más condições no ambiente de trabalho. Tudo isso afeta o trabalhador em sua saúde física e mental. Temos lutado diariamente contra isso no Sindicato e por isso valorizamos muito esse dia em memória às vitimas de acidentes do trabalho”, concluiu Rosane Simon.

Com informações da Agência Senado

Fórum Sindical encaminha manifesto ao TST em defesa da Contribuição Sindical

25/04/2012 - Manifesto ao TST

A Contribuição Sindical e a Defesa dos Trabalhadores

O movimento sindical brasileiro é um dos mais combativos do mundo. Seus dirigentes foram perseguidos, cassados e assassinados pela ditadura militar instaurada no país em 1º de abril de 1964. Foi protagonista na luta pela restauração da democracia e é um dos principais atores sociais em defesa do desenvolvimento do Brasil, com inclusão e distribuição de renda.

A Constituição de 1988, em seu artigo 8°, Inciso I, consolidou a autonomia e a liberdade sindical, vedando ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical, portanto somos contrários a ratificação da Convenção 87 da OIT e defendemos a regulamentação do Artigo 8º da CF.

A Contribuição Sindical é compatível com o regime vigente de Unicidade Sindical, e é justa socialmente com a maioria dos trabalhadores, uma vez que o sindicato representa a totalidade dos integrantes da categoria e não apenas aqueles que são associados, pois as campanhas salariais vitoriosas das categorias profissionais e econômicas se revertem para todos independente dos trabalhadores serem ou não sindicalizados.

Os sindicatos tem um papel social fundamental, lutam por melhorias salariais, condições dignas e decentes de trabalho, promovem benefícios assistenciais, jurídicos e de lazer, para toda a categoria representada.

É inaceitável do ponto de vista prático, político e histórico, portanto, caracterizar a Contribuição Sindical, mantida pela Carta Magna (artigo 8°, inciso IV), e que reverte em beneficio dos trabalhadores, como atentatória à liberdade e autonomias sindicais, apenas porque é prevista em lei.

Assim como em sua origem, a Contribuição Sindical é ainda hoje a principal sustentação financeira indispensável para a afirmação e organização da estrutura sindical brasileira, das categorias profissionais e econômicas.

A sua extinção, ao contrário de fortalecer a independência da classe trabalhadora frente ao Estado, e dos patrões, fragiliza ou mesmo extingue milhares de entidades sindicais imediatamente, deixando os trabalhadores impotentes nas relações com qualquer forma de instituição pública e com o capital e, ainda, indefesos e sob a ação de grupos estranhos aos seus objetivos primordiais.

Atuar contra essa forma de financiamento da organização sindical é atuar contra os interesses dos trabalhadores, cujas organizações representativas, uma vez extinta a contribuição, ficarão à mercê da sanha voraz do capital.

Nesse sentido, chamamos a atenção para a aprovação da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário. A aprovação da Convenção 158, da OIT, de modo a garantir que o trabalhador não seja demitido imotivadamente. E, ainda, a aprovação da PEC que pune o trabalho escravo.

Estas e outras proposições é que devem ser objeto de campanha por parte do movimento sindical e não a extinção da contribuição sindical, que dá vitalidade e ajuda os trabalhadores a se protegerem das políticas restritivas dos governos e dos empresários que só visam o lucro em detrimento do desenvolvimento social e econômico da classe trabalhadora.

Concluindo, seria oportuno e necessário que o Tribunal Superior do Trabalho - TST extinguisse o Precedente

Normativo Nº 119.

Brasília-DF, 25 de abril de 2012

FÓRUM SINDICAL DOS TRABALHADORES