quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Centrais apostam na unidade e reúnem mais de 80 mil nas ruas de São Paulo

A CTB, a UGT, a Força Sindical, a Nova Central e a CGTB, além de diversos movimentos sociais, promoveram, nesta quarta-feira (3), em São Paulo, um ato histórico em defesa da Agenda da Classe Trabalhadora. Mais de 80 mil pessoas participaram da passeata entre o Estádio do Pacaembu e a Assembleia Legislativa, apostando na unidade como elemento fundamental para novas conquistas. Para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, o ato foi “uma das maiores demonstrações de unidade dos trabalhadores e uma das maiores passeatas que São Paulo já viu”.

Ao longo do percurso, os dirigentes sindicais expuseram suas reivindicações, em conformidade ao conteúdo da Agenda da Classe Trabalhadora, documento resultante da 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizada no ano passado. Temas como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o fim do fator previdenciário e das práticas antissindicais e a regulamentação das terceirizações ganharam destaque.

Desindustrialização e política econômica

Durante o ato, o presidente da CTB, Wagner Gomes, reforçou a necessidade de o país alterar sua política macroeconômica. “Somente com a redução dos juros será possível que o Brasil dê início a uma nova política de desenvolvimento, que valorize o trabalho e a classe trabalhadora”, afirmou.

O dirigente também atacou as medidas anunciadas pelo governo federal um dia antes, a fim de estimular a indústria nacional. “A desoneração da folha de pagamentos proposta pela presidenta Dilma agrada somente aos empresários. Ainda por cima, essas medidas ainda vão agravar futuramente o equilíbrio da Previdência Social”, afirmou Wagner Gomes, que também criticou a ausência das centrais sindicais no processo de elaboração da nova política.

Nivaldo Santana listou diversos setores da sociedade que sofrem diretamente as consequências da atual política econômica. “O Brasil não suporta mais pagar bilhões e bilhões para os banqueiros, não pode mais ter uma taxa cambial forte que prejudica os trabalhadores, prejudica os aposentados, quebra a nossa indústria e leva o país para a insegurança. Nós queremos um grande desenvolvimento para o nosso país com a valorização do trabalho, com jornada de 40 horas semanais, do fim do fator previdenciário, com a regulamentação da terceirização e com toda a agenda que unifica as centrais e os movimentos sindicais. A nossa luta vai continuar até que consigamos aprovar toda a agenda da classe trabalhadora”, discursou.

Greve geral
Todos os dirigentes que falaram ressaltaram a importância do ato das centrais sindicais unidas. O próximo passo agora será invadir Brasília e o Congresso Nacional.

“É a força dos trabalhadores e trabalhadoras que vai fazer a gente peitar o sistema financeiro. É a força do povo que vai fazer a gente peitar a política de juros, esse câmbio que só traz prejuízo para a economia brasileira. É preciso defender nosso país, defender a nossa nação, é isso que a centrais sindicais e os movimentos sociais estão fazendo, defender a classe trabalhadora”, afirmou Wagner Gomes.

O presidente da CTB encerrou sua fala com uma mensagem para o governo: “Portanto, presidenta Dilma, o povo quer que as mudanças que começaram em 2002 continuem.

Portal CTB

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