segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Comerciárias aprovam propostas de dissídio da categoria

Os trabalhadores e trabalhadoras no comercio de Ijuí aprovaram em assembleia ordinária, na última sexta-feira (13), as propostas de dissídio para a categoria, após longas negociações entre a Direção do Sindicato e as Direções do Sindilojas e da Cotrijui. Falta ainda fechar o reajuste dos trabalhadores em supermercados, álcool e bebidas, concessionárias e demais segmentos que são negociados em Porto Alegre. “O Sindigêneros, que é o Sindicato Patronal que representa os supermercados, normalmente aguarda o reajuste do comércio para acompanhar a proposta”, disse a Presidenta do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí, Rosane Simon.

Para os trabalhadores e trabalhadoras da Cotrijui, o piso passará para R$ 840,00. Uma das proposta do Sindicato de Trabalhadores era a mudança da data base para março, o que não foi aceito, neste momento, pela Direção da cooperativa. A data base segue sendo maio.

O reajuste para os salários acima do piso ficará em 7,16%, em maio, mais 1,5% no mês de outubro. A proposta é de que o reajuste de 1,5% seja calculado sobre o salário reajustado pago em setembro. As diferenças retroativas a maio (maio a agosto) serão pagas em outubro e o auxilio escolar em novembro. A partir de janeiro/2014 a Direção do Sindicato retoma as negociações com a Cotrijuí para mudar a data base da categoria.

Reajuste do piso no comércio varejista é baixo. Valorização está no mínimo regional
Os trabalhadores e trabalhadoras também aprovaram a proposta de reajuste para o comércio varejista, após uma série de reuniões entre as Direções dos Sindicatos. O piso da categoria passará a valer R$ 815,00 e o reajuste para os demais salários será de 7,80%.  O aumento real para a categoria foi de 1,91% (inflação do período foi de 5,89%, correspondente a 10 meses, devido a mudança da data base para março).

“Apesar das dificuldades conseguimos ampliar a proposta inicial que era de apenas 7% para os salários acima do piso, o que consideramos uma conquista para a categoria, apesar de saber que está longe daquilo que almejamos como valorização do trabalho no comércio”, comentou Rosane Simon.

Apesar de aceitar a proposta, o que desagradou foi o reajuste do piso da categoria, de R$ 745,00 para R$ 815,00. “A dificuldade em conseguirmos um reajuste maior para o piso da categoria só nos mostra o quanto nós trabalhadores e trabalhadoras devemos lutar para manter a política de reajustes do mínimo regional no estado, que tem proporcionado aos trabalhadores a valorização que não ganhamos dos patrões”, conclui Rosane Simon.

O reajuste do mínimo regional será em janeiro e as perspectivas indicam que deve chegar a R$ 880,00.

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